Medicina

CFM defende punição para escolas médicas com alunos de baixo desempenho em exame

A partir deste ano os alunos serão submetidos ao exame a cada dois anos.

Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h29
(Foto: Reprodução/Internet)

BRASÍLIA - O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Carlos Vital, defendeu hoje (6), a punição para escolas médicas cujos alunos apresentem baixo desempenho na Avaliação Nacional Seriada dos Estudantes de Medicina. A partir deste ano, alunos de medicina no Brasil serão submetidos ao exame a cada dois anos de curso – no segundo, quarto e sexto ano da graduação.

“Reivindicamos que haja consequência e que o Ministério da Educação também se corresponsabilize por essa correção de desvios dentro da graduação. Não pode entregar isso apenas às escolas, em sua maioria privadas, e que não são acreditadas ou fiscalizadas. Muitas delas são autorizadas, mas não têm reconhecimento”, disse Vital.

Pesquisa divulgada mais cedo pelo CFM mostra que 76% da população brasileira acha bom ou ótimo que estudantes de medicina passem por avaliação de conhecimentos durante o curso. Para 91% dos entrevistados, alunos que não tiverem bom desempenho na prova feita no último ano do curso não devem receber o diploma.

“Este é um ponto crítico para as entidades médicas e, para o CFM, em particular. Achamos que esses exames precisam ter consequências”, disse Vital. “É uma percepção popular que vem ao encontro do que o CFM, os conselhos regionais de medicina e as entidades médicas têm denunciado”, acrescentou.

Carlos Vital ressaltou que, nos Estados Unidos, por exemplo, não existem escolas médicas que não estejam acreditadas por um sistema independente do governo. “Elas têm uma afirmação da sua qualidade de ensino. Ali até cabe a aceitação da autonomia universitária. Mas é diferente no Brasil, onde há 271 escolas médicas.”

“Se há um índice maior de alunos que não progridem, essas escolas têm que ser observadas e têm que se adequar às novas condições de ensino. Se isso não acontece em um período de três anos, elas têm que ser penalizadas e sofrer consequência também”, disse Vital. “Não se pode entregar o diploma e liberar o exercício da profissão sabendo que essa pessoa está insuficiente em termos de conhecimento.”

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