RIO DE JANEIRO – Três nadadores americanos foram impedidos de embarcar, na noite desta quarta-feira (17), no Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, no Rio de Janeiro. Segundo a polícia, os atletas foram barrados pela Justiça e impedidos de deixar o país a pedido da Delegacia de Atendimento ao Turista (Deat), que é responsável pela investigação de um suposto assalto sofrido pelo grupo.
A polícia afirma que os nadadores podem ter mentido sobre um assalto denunciado por quatro atletas da delegação dos Estados Unidos ao sair de uma festa, no último domingo (14). Dois deles, Gunnar Bentz e Jack Conger, chegaram a embarcar e foram retirados de dentro do avião pela Polícia Federal. A Justiça ordenou a apreensão dos passaportes para que prestem depoimento sobre o caso.
Ryan Lochte, um dos nadadores que denunciou o suposto assalto, conseguiu embarcar antes da decisão da Justiça do Rio de reter os passaportes dele e de Jimmy Feigen. A justiça brasileira vai reportar um ofício ao FBI para que Lochte responda as perguntas do interrogatório por carta.
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A decisão
Nesta quarta-feira (17), agentes do Deat estiveram na Vila Olímpica para fazer novos interrogatórios com os nadadores, mas os três atletas não foram encontrados. Uma notificação foi enviada ao Comitê Olímpico e ao Consulado dos Estados Unidos para proibir a saída dos nadadores.
Contradições nos depoimentos
O medalhista Ryan Lochte, afirmou à polícia que ele, Feigen e outros dois nadadores olímpicos, Bentz e Conger, foram assaltados quando voltavam de uma festa. De acordo com o depoimento, os quatro estavam em um táxi quando foram rendidos por homens armados.
Segundo Lochte, os bandidos estavam armados e um deles mostrou um distintivo de polícia, já Feigen afirma que apenas um homem estava armado. Outro ponto contraditório no depoimento deles, é que os assaltantes não levaram celulares nem credenciais dos atletas, apenas dinheiro.
Os nadadores afirmam que “estavam muito bêbados”, por isso não lembram detalhes do incidente, nem o local exato onde foram assaltados. Câmeras de segurança da Vila Olímpica flagraram os atletas chegando ao local cerca de três horas após o horário do suposto assalto e colocando seus pertences para passar no detector de metais. Segundo a polícia, todos agem normalmente e não aparentam estar muito embriagados.
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