SÃO LUÍS – Um problema que se tem tornado frequente nas ruas de São Luís são os cabeamentos de empresas de telefonia, internet, energia elétrica e TV a cabo, que se misturam e ficam suspensos de maneira improvisada. Em alguns pontos da capital, eles ficam tão baixos a ponto de tocarem o chão, formando armadilhas para motoristas e pedestres. No fim do mês de agosto, uma mulher, de 59 anos, foi atingida pela fiação de telefonia fixa caída de um poste no bairro do Renascença.
No bairro Vicente Fialho, moradores da rua Deputado Luís Rocha, esquina com a Laerte Santos, reclamam da situação dos fios ao longo da rua. Contam que evitam caminhar pela calçada, pois temem que a fiação baixa esteja eletrificada.
A família do vigilante Edivan Pereira, de 45 anos, convive há mais de 10 meses com um emaranhado de fios invadindo sua residência, impossibilitando a construção da sua casa. O morador explica que, quando deu início à construção da parte superior do seu sobrado, entrou em contato com a Companhia Energética do Maranhão (Cemar) para alertar que havia um poste invadindo seu terreno. A Cemar reposicionou o pilar e reinstalou sua fiação, porém os fios das empresas Oi, NET e TVN foram recolocados de maneira desordenada.
“Entrei várias vezes em contato com as operadoras, mas nunca responderam minhas solicitações. Eu quero terminar de construir minha casa, mas esses fios impedem. Já conversei com um amigo que é advogado e pretendo entrar na Justiça pra resolver essa situação”, declarou o vigilante.
Perigo de desabamento
Em setembro, o administrador de uma clínica de estética, também localizada no Vicente Fialho, Fábyo Bastos, utilizou a plataforma VC no Imirante.com para expor sua indignação. Em seu depoimento, ele afirma que o poste, localizado em frente à clínica, corria sério risco de desabamento, além de fiação amarrada com cordas, encostando no chão. Nossa equipe foi ao local e constatou que o caso é verídico.
No momento em que averiguávamos o caso, a equipe da NET reinstalava os fios que estavam colocados de forma irregular. Porém, o poste que oferece risco de desabamento ainda não foi reposicionado.
Para evitar a queda do poste, a Cemar amarrou o pilar em uma árvore e enfiou na base do poste um tronco de coqueiro. Segundo o administrador, o poste já caiu duas vezes. “Já presenciei a queda desse poste e, em pouco tempo, ele vai cair outra vez. Isso é um descaso com a população, pois pagamos nossos impostos, e ninguém faz nada por nós. Só irão fazer alguma coisa quando um acidente drástico acontecer”, argumentou o administrador.
Esclarecimentos
O Imirante.com entrou em contato com a TVN. A empresa afirmou que não estava ciente do caso, mas que enviará técnicos ao local para analisar a situação.
A operadora Oi, por meio de nota, afirma que enviou técnicos ao local e constatou que a fiação mencionada não é da empresa.
O Imirante.com, por e-mail, entrou em contato com a empresa NET, que afirmou ter realizado vistoria técnica na rua e constatou que os cabos em questão não pertencem à empresa.
Por meio de nota, a Cemar negou que o poste teria caído duas vezes.
Leia a nota na íntegra
“A Cemar informa que já tinha conhecimento desta situação, uma vez que uma equipe da Companhia esteve no local para avaliação técnica do poste situado na Rua Deputado Luis Rocha, bairro Vicente Fialho, e já programou a troca para a próxima semana. Cabe esclarecer que não procede a informação de que o poste teria caído duas vezes. Anteriormente, este poste esteve inclinado e foi alinhado. Vale informar que o tronco de coqueiro não está servindo de sustentação para o poste.”
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