Casal de namorados que desapareceu é encontrado morto

Diário de S.Paulo

Atualizada em 27/03/2022 às 15h12

SÃO PAULO - Os corpos dos estudantes Felipe Silva Caffé, 19 anos, e Liana Friedenbach, de 16 anos, desaparecidos desde sábado retrasado, foram encontrados nesta segunda-feira na região de Embu-Guaçu, na Grande São Paulo, segundo a polícia. Os dois haviam saído para acampar escondido dos pais no último dia 1º.

O corpo de Felipe foi encontrado com um tiro na nuca a cerca de 3 km do sítio abandonado onde ele acampou, escondido das famílias, com a namorada. No fim da noite, o corpo de Liana foi encontrado esfaqueado a dois quilômetros de onde foi achado o corpo do namorado. Segundo a polícia, pelas condições dos corpos, eles devem ter sido mortos há uma semana e provavelmente no mesmo dia.

Felipe e Liana estavam desaparecidos há 10 dias. O corpo de Felipe foi localizado no final da tarde, após a prisão de adolescente de 17 anos que confessou ter participado do crime. Ele apontou o local onde foi localizado o corpo, e alegou que um comparsa atirou no estudante.

O sumiço dos dois foi descoberto pelo pai de Liana no domingo à noite. A barraca foi achada intacta em um caramanchão, com as roupas dos estudantes, a carteira e o telefone celular de Liana, além de todos os mantimentos que foram comprados em um mercado em Embu-Guaçu.

Equipes do Comando de Operações Especiais (COE) da Polícia Militar, especializadas em busca na selva, começaram na segunda-feira a vasculhar toda região, localizada em uma área de difícil acesso e de mata atlântica fechada. Mais de 200 homens procuraram os jovens, e as buscas foram encerradas na sexta-feira após não ter sido encontrado nenhum vestígio ou pista nas trilhas da região.

O sítio abandonado é de propriedade de Manoel Espírito Santo, conhecido como Lé, que abandonou o local há um ano e meio após sofrer uma tentativa de homicídio por supostos bandidos de carros, que utilizam a região para desmanche.

A pista para encontrar os corpos surgiu por um mateiro da região, que se interessou pelo caso e telefonou para o pai de Liana. O mateiro encontrou um sitiante do bairro Belvedere (local do acampamento), que indicou o nome do menor envolvido no assassinato de Felipe. De posse da informação, policiais foram ouvir nesta segunda o sitiante e chegaram até o rapaz.

Um irmão do menor preso, que estava na delegacia de Embu-Guaçu, disse que o acusado trabalhava como caseiro em uma chácara próxima ao sítio abandonado há menos de um ano. O menor teria substituído o pai, que ficou doente e não pôde mais trabalhar na chácara.

O corpo de Felipe foi jogado de um penhasco e encontrado em um córrego próximo ao sítio com um tiro na nuca. Moradores da região afirmaram que o menor preso é conhecido no bairro por pequenos roubos, e que seria colaborador de quadrilhas de desmanche de carros que atuam na região.

Antes de encontrar o corpo de Felipe, a polícia trabalhava com somente uma pista. Um rapaz com as características do estudante foi até um bar localizado a cerca de 30 km do acampamento para tentar vender roupas que eram de Felipe.

O sumiço de Felipe e Liana ganhou repercussão pelas circunstâncias do caso: a viagem dos namorados, escondida dos pais. A polícia também investigava informação de um caseiro da região que, na noite de sábado, disse ter ouvido voz masculina pedindo socorro, e, logo em seguida, um carro arrancando do local. Liana e Felipe namoravam há um mês e meio. Estudavam no Colégio São Luís, um dos mais tradicionais de São Paulo.

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