Saúde

Obesidade infantil: aprenda como solucionar esse mal

Segundo o IBGE, 34,8% das crianças brasileiras estão obesas.

Divulgação

Atualizada em 27/03/2022 às 12h17

Até pouco tempo, acreditava-se que uma criança gordinha era uma criança saudável. Hoje em dia, o excesso de peso é um assunto que vem assustando muitos pais, já que não são mais apenas os adultos que sofrem com a obesidade. De acordo com dados do último senso do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, 34,8% das crianças no Brasil, com idade entre 5 e 9 anos, têm peso maior que o considerado saudável pela Organização Mundial da Saúde – OMS. Ainda segundo o IBGE, cerca de 10% das crianças e adolescentes brasileiras estão acima do peso e 7,3 são consideradas obesas.

Parte das crianças obesas pode estar nessa situação por decorrência de um estilo de vida inadequado. Entre os fatores que podem ocasionar a obesidade infantil, está o sedentarismo. Estamos em uma era onde as crianças preferem brincar com aparelhos eletrônicos à atividade física. No Brasil, segundo dados do Ibope, as crianças assistem a cerca de cinco horas diárias de TV e passam, em média, 17 horas e meia na internet (principalmente nas redes sociais) por mês.

“Desligue a televisão e o computador e vá brincar!”, é o que diz Leonara Cândido quando estimula Pedro, de 9 anos, a brincadeiras que o faça se movimentar, evitando o excesso de videogame. “Lembro que quando eu era criança eu brincava na rua, no parque, andava de bicicleta... Sou de uma geração em que na infância se gastava as energias participando de brincadeiras de criança, ao contrário de Pedro que quer ficar o tempo todo no computador”, revela Leonara preocupada com o sedentarismo do filho. Tanta preocupação faz sentido. A obesidade pode apresentar problemas graves à saúde da criança, como o aumento do colesterol e a pressão arterial.

Outro ponto importante é a alimentação. Durante o 8º Fórum Nacional de Alimentação Escolar, realizado em maio de 2012, em São Paulo, pesquisa divulgada pelo IBGE revelou que 89% das crianças brasileiras ingerem açúcar acima do nível recomendado pelos médicos. E mais: enquanto isso, 89% consomem gordura além dos padrões considerados saudáveis. Os dados confirmam que a obesidade infantil tornou-se uma epidemia devido às mudanças nos hábitos alimentares das crianças e da população em geral. Tudo porque existe um desequilíbrio entre a ingestão de alimentos e os gastos energéticos.

No caso de crianças habituadas a ingerir guloseimas, sempre, a qualquer horário, sem disciplina, o problema passa a ser da família inteira. Afinal, a máxima “faça o que eu digo, e não o que eu faço”, não serve para pais preocupados com a educação alimentar do filho. É importante que além de servir aos filhos um cardápio rico em proteínas, os pais consumam a dieta, e busquem sempre alternativas saudáveis. A família da Laura Albuquerque sabe bem disso. Cuidado é o que não falta na hora de escolher as refeições na casa da pequena Laura, que está com os ponteiros da balança acima do permito para sua idade. “A mudança nos hábitos alimentares dela só foi possível depois que todos da família passaram a comer alimentos mais saudáveis. É impossível pedir para uma criança comer uma salada de frutas na sobremesa enquanto ela te olha comendo sorvete de chocolate”, explica a mãe de Laura, Zilda Albuquerque. No lanche da escola, nada de refrigerante, biscoitos recheados e salgadinhos de milho. Zilda prepara sanduíches e sucos naturais.

A autoestima é um fator que também deve ser observado na criança obesa. O auxílio médico é imprescindível. Uma forma que auxilia no tratamento para a diminuição do percentual elevado de gordura é o exame de bioimpedância. Ele revela o peso e o Índice de Massa Muscular (IMC). De acordo com a médica, Maria de Belém, o exame acusa a água corporal, a massa magra, a quantidade de massa gorda e a taxa de metabolismo, tudo de forma individualizada, como um mapeamento do corpo. “Com o exame é possível fazer o correto diagnóstico de peso corporal da criança. Com o tratamento é bem mais fácil elaborar uma rotina com foco na perca calórica, assim as metas são melhores atingidas”, esclarece Maria de Belém.

Importante para o acompanhamento de emagrecimento, para a construção de cardápios alimentarem, e principalmente para o planejamento de exercícios de ganho muscular, a OMS recomenda que todas as pessoas, pelo menos, uma vez ao ano, realizem o exame. “Com ele da para se acompanhar o estado de saúde de um ano para outro. Sabendo se a pessoa ganhou, perdeu ou manteve a massa muscular”, conclui a médica. Os dados do exame fornecem uma diretriz, se a pessoa está saudável ou se está com algum distúrbio que pode se transformar em doença no futuro, no caso, a obesidade.

O que causa a obesidade na infância

• Consumo demasiado de alimentos gordurosos

• Falta de atividades físicas

• Fatores hormonais

• Depressão

• Fatores genéticos

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