'Código da Vinci' vai abrir Festival de Cannes

Globo Online e EFE

Atualizada em 27/03/2022 às 14h29

RIO - O filme "O código Da Vinci", de Ron Howard, baseado no best-seller de Dan Brown, vai abrir o Festival de Cinema de Cannes, no dia 17 de maio. O longa é estrelado por Audrey Tautou, Jean Reno, Alfred Molina e Tom Hanks, que interpreta o professor de Harvard Robert Langdon.

Parte da história da conspiração engendrada pela Igreja Católica para esconder o verdadeiro significado do Santo Graal se passa em Paris. "Código Da Vinci" vendeu mais de 30 milhões de livros em cerca de 40 línguas e vai ser exibido fora de competição.

O filme será apresentando em Cannes no mesmo dia que estréia na França e dois dias antes de ser lançado no mundo inteiro.

O Festival de Cannes será realizado de 17 a 28 de maio com o júri presidido pelo cineasta chinês Wong Kar Wai, do elogiado filme "2046 - Segredos do amor".

Antes mesmo de chegar aos cinemas, "O Código Da Vinci" já está causando polêmica. O grupo católico Opus Dei pediu, semana passada, que o filme seja considerado impróprio para menores, já que "crianças deveriam ser protegidas de mentiras infames" sobre o catolicismo.

"Qualquer adulto pode distingüir a realidade da ficção. Mas não se pode esperar que uma criança faça julgamentos próprios", afirmou o porta-voz do grupo, Marc Carroggio.

"O código da Vinci" se tornou um dos mais complicados exercícios do mundo cinematográfico, tanto que a Sony lançou um véu de segredo sobre o assunto, recusando-se a discutir qualquer coisa além de detalhes superficiais. O roteiro foi controlado de perto e estranhos foram banidos do set de filmagem. Todos os envolvidos na produção tiveram que assinar acordos de confidencialidade.

"Não existe segredo nenhum, acontece que o livro é conhecido demais", revelou ao "New York Times" o presidente de marketing internacional da Sony, Geoffrey Ammer.

Mas executivos e outras pessoas ligadas ao projeto reconheceram que o segredo era uma medida de precaução devido à natureza potencialmente incendiária do assunto. O livro, um trabalho de ficção, mira em dogmas centrais do cristianismo ao alegar que Jesus teve um filho com Maria Madalena, que seria seu real herdeiro. Brown sugere que a Igreja Católica acobertou o fato, usurpando o lugar de Maria em favor de uma hierarquia que privilegia os homens, suprimindo o que o autor chama de "sagrado feminino".

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