SÃO LUÍS - O ‘Sábado de Aleluia’ em São Luís será marcado pela celebração dos dez anos do projeto “Mulheres que dão no couro”, idealizado pela produtora cultural Carla Coreira. Para comemorar, será realizado o “I Encontro de Mulheres na Cultura Popular”, neste sábado (30), às 14h, na Praça da Faustina, na Praia Grande.
A festa terá como atrações as DJs Vanessa Serra e Joana Golin, show da cantora Gisele Padilha, apresentação do grupo Flor de Maracujá, Mulheres Cazumbá, Mulheres Capoeira, Zambumbada com Tayna Redondo, Mestra Rôxa e as caixeiras do Divino Espírito Santo, além de tambor de crioula com “Mulheres que dão no couro” e A participação da feira criativa de mulheres do movimento de brechós de São Luís.
O projeto “Mulheres que dão no couro” é voltado para mulheres aprenderem a prática do toque e da dança do tambor de crioula. Faz parte de uma das ações culturais desenvolvidas na Capelinha de São Benedito, na Praça da Faustina. O espaço foi inaugurado em 2013, após a revitalização da praça, construindo a capelinha a partir de uma antiga lixeira.
A ação 'Capelinha de São Benedito' recebeu o prêmio nacional Rodrigo Melo Franco de Andrade, promovido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A premiação reconhece ações de preservação do patrimônio cultural brasileiro, levando em consideração sua originalidade, criatividade, relevância e caráter exemplar.
O projeto “Mulheres que dão no couro” surgiu em 2014, por meio da produtora cultural e brincante popular Carla Coreira, que nasceu e cresceu em meio à cultura popular maranhense, no quilombo Santa Rosa dos Pretos, em Rosário (MA). A partir de suas vivências no tambor, ela enxergou um movimento bastante machista no que se relacionava ao fato de tocar o tambor, ação até então somente exercida por homens.
Carla decidiu criar o ”Mulheres que dão no couro” para ensinar mulheres a tocar e dançar o tambor de crioula, com o objetivo de quebrar esse preconceito e machismo existente nos grupos em relação aos saberes populares e contribuir com o protagonismo feminino nas tradições da cultura popular do Maranhão.
“Será uma grande celebração às mulheres que fazem a cultura popular de São Luís, além de ser uma comemoração aos dez anos de nossa oficina, que é uma forma de empoderar a mulher no tambor de crioula, onde a prática era reservada exclusivamente aos homens. Foi por conta dessa situação que eu decidiu lançar o projeto”, explicou Carla Coreira.
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