SÃO LUÍS - Fios e mais fios de cabelo, esse é o pesadelo na vida de muitas pessoas. A queda de cabelo pode se tornar um grande problema, principalmente para as mulheres que mais sofrem com este problema. A médica dermatologista do Sistema Hapvida, Valéria Cortez, explica quais são as principais causas para a queda de cabelo.

As causas podem ser divididas em seis classificações:

1. Falta de vitaminas e nutrientes: quando temos uma alimentação com ausência de nutrientes, vitaminas e minerais — como, por exemplo, o ferro e as vitaminas A e C;
2. Estresse excessivo: ambos podem causar um desequilíbrio no cortisol, o hormônio responsável por controlar o estresse, reduzir inflamações e contribuir para o funcionamento do sistema imunológico. Outro ponto de atenção, é a forma como o estresse e ansiedade podem afetar diretamente a absorção de vitaminas e nutrientes, sendo eles tão importantes para a saúde do cabelo, como já reforçamos anteriormente;
3. Alterações hormonais: a queda de cabelo também pode estar relacionada com alterações hormonais, como as que ocorrem durante ou após a gravidez e até mesmo ao longo da adolescência;
4. Anemia: O ferro é um mineral muito importante para a produção da hemoglobina, uma proteína que leva oxigênio nas células vermelhas do sangue para todos os tecidos que compõem o corpo — incluindo o couro cabeludo;
5. Uso de produtos químicos: é necessário muita cautela ao utilizar produtos químicos nos fios. Tinturas, descolorantes, alisantes e demais químicas podem causar danos para o cabelo, principalmente se os procedimentos forem realizados sem o auxílio de profissionais especializados;
6. COVID-19: segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, diferente do que já foi visto em outras infecções graves, a queda acontece de forma muito mais precoce, tendo início de seis a oito semanas depois da doença. 

 

Devemos lembrar que a queda de apenas alguns fios é normal. Estima-se que todos os dias perdemos de 50 a 100 fios de cabelo, mas existem alguns sinais de que é a hora de procurar um especialista e investigar a causa. 

“No couro cabeludo há cabelos em diferentes estágios, alguns estão crescendo, outros estabilizados e outros devem cair. Não deve se preocupar com o volume do cabelo que cai, agora se você comparar uma foto sua do ano passado com a atual é um bom método para detectar se há “clareiras” na cabeça. Este é um sinal”, pontuou a especialista. 

Tratamento

“Primeiro de tudo é saber o que anda causando fragilidade à sua fibra capilar. A forma mais indicada é buscando um profissional que te auxilie neste processo, para que você possa tratar este problema desde sua raiz de forma efetiva e correta”, informou a especialista. 

Após encontrar a fonte dos problemas, o tratamento pode ser feito com o uso de produtos corretos para hidratação profunda dos fios, análise/modificação dos produtos diários usados para limpeza capilar, além de abandono total ou parcial de secador e chapinha por um tempo.

Disposição genética 

“Os genes hereditários vão tornar você mais vulnerável à calvície masculina e feminina (alopécia androgênica). Isso vai acontecer naturalmente assim com o envelhecimento, mas possuir estes genes significa ter uma chance maior de ter um afinamento mais substancial no cabelo e presenciar isso em uma idade menos avançada”, concluiu a especialista. 

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