Amor e devoção

Achamos em SL: o encanto dos discos de vinil e o reggae

Biné segue um perfil diferente dos colecionadores tradicionais.

Luciano Dias/Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h35
pick ups usadas para tocar o vinil
pick ups usadas para tocar o vinil

SÃO LUÍS – Mesmo décadas fora do mercado, dominado pelos CDs e pela tecnologia, os discos de vinil, LPs ou popularmente conhecidos como bolachões não perdem o seu charme e o seu público. Pessoas dispostas a encarar horas dentro de um sebo empoeirado garimpando o que há de melhor em música, ou até mesmo desembolsando muito dinheiro por exemplares antigos e impecáveis nas grandes lojas da internet.

Esses amantes dos bolachões estão espalhados por todos os lugares. E no Brasil, podemos achá-los em encontros do segmento, feiras de antiguidades, e, sem dúvida, nas redes sociais. Há diversos grupos destinados a colecionares de vinis de todos os ritmos, e alguns deles com milhares participantes, que trocam figurinhas, exemplares e informações preciosas para uma nova aquisição musical.

Claro que na Jamaica brasileira o Imirante.com não poderia deixar de falar com um colecionador desse ritmo tão envolvente que é o reggae. Conversamos com o presidente da Associação de Grupo de Colecionadores de Reggae do Maranhão (Agrucoren), Benedito Martins, mais conhecido como Biné, que falou sobre a associação e a sua paixão por discos de vinil.

Benedito Martins
Benedito Martins

Biné segue um perfil diferente dos colecionadores tradicionais. Sua preciosa coleção de vinis está guardada em um dos casarões seculares do Centro Histórico da capital maranhense. Ele revela que começou a colecionar em 1983, e logo chegou ao número de 180 LPs.

“Iniciei a minha colação em 1983, e logo cheguei a ter 180 LPs, mais fui roubado. Passei alguns anos desiludido e sem querer voltar a colecionar, só que a partir do momento que você dá início a essa paixão não consegue deixar”, disse Biné.

Atualmente seu acervo conta com 1.200 compactos e 980 Lps, mais um tem valor especial pra esse apaixonado por vinis de reggae.

Coleção de LPs e compactos
Coleção de LPs e compactos

“Levei três anos negociando o LP do cantor Pierpoljak. Isso tudo só pra tocar e ouvir a música Tout Là-haut. Nem acreditei quando fechei a negociação”, fala com empolgação o colecionador.

Mais essa paixão vai além do som mágico da ponta da agulha, a ponto dele e seus amigos realizarem obras sócias em nome dessa admiração pelos discos de vinil.

A Agrucoren promoveu, em dezembro de 2015, uma ação social no bairro da Liberdade, em São Luís. Durante um dia quem foi até o local teve à disposição serviços como assistência jurídica, dentista, exames preventivos, nutricionista, oficina de artesanato, palestra, salão de beleza afro e outros.

 Associação de Grupo de Colecionadores de Reggae do Maranhão (Agrucoren)
Associação de Grupo de Colecionadores de Reggae do Maranhão (Agrucoren)

Uma coisa é certa, todo esse movimento em torno do vinil vai muito além de umas simples onda retrô e nostálgica. Para o colecionador, o vinil é uma experiência tátil, visual e auditiva, impulsionada pela qualidade do som, a beleza da capa e a oportunidade de colocar um disco no prato e a agulha para tocar.

 Amor na ponta da agulha
Amor na ponta da agulha

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