IMPERATRIZ – Preservar história. Guardar na memória. E servir de base para pesquisas, projetos acadêmicos, com a conservação de objetos que representam uma história de luta, resistência, além dos depoimentos dos personagens que participaram desta conquista. Com esse objetivo foi criado o Museu da Casa Branca, na Vila Conceição, zona rural de Imperatriz. Até a criação do Assentamento Itacira I e II, os acampados na área da antiga “Fazenda Criminosa” sofreram preconceito e ameaças, na luta por um pedaço de terra.

A primeira invasão da área se deu em julho de 1987. Menos de dois meses, por ordem judicial, as 257 famílias foram despejadas do local. No final do mês de setembro, do mesmo ano, as famílias retornaram e ficaram definitivamente, mas o assentamento só foi criado, oficialmente, em 1993.

As peças usadas pelos camponeses para a sobrevivência durante a ocupação, como foice, machado, utensílios domésticos - tapiti (peça de origem indígena usada para secar massa de mandioca), dentre outros, além de um acervo fotográfico, estão expostas no Museu da Casa Branca.

“Como a história da comunidade estava se perdendo com a morte dos primeiros ocupantes e a saída dos mais jovens, o objetivo do Museu é resgatar e preservar as memórias do Assentamento”, ressalta um dos idealizadores do museu, Edelblan Conrado.

A instituição não governamental, sem fins lucrativos, localizada no Assentamento Itacira I, popularmente conhecido como Vila Conceição, em homenagem ao líder e sindicalista Manoel da Conceição, recebeu o nome de “Casa Branca”, porque o local foi o primeiro espaço ocupado na área. A casa era onde ficava o capataz da antiga fazenda Itacira. Próxima de um lago, facilitava o uso da água para a higienização dos camponeses e a execução das demais necessidades domésticas. A estrutura física do local foi preservada, precisando agora de restaurações para ajudar na conservação do ambiente.

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