Cultura

Cultura busca estimular talentos regionais com a "Mostra Nordeste de Artes Visuais"

Ministério da Cultura e Funarte

Atualizada em 27/03/2022 às 12h07

BRASÍLIA - A Representação Regional Nordeste do Ministério da Cultura, a Funarte Nordeste e seus parceiros do estado de Pernambuco realizam, no Museu Murillo La Greca, em Recife (PE), a Mostra Nordeste de Artes Visuais, de 11 de junho a 4 de agosto. Com acesso gratuito, a exposição tem como objetivo a descoberta de novos talentos; a busca pelo caráter questionador das expressões artísticas; o incentivo à circulação de produções locais, além do aumento da troca de informações entre artistas, público e entidades do setor.

A curadoria é do professor de mestrado em Artes Visuais das universidades federais de Pernambuco e da Paraíba, José Rufino. De acordo com o curador, além do fato de serem nordestinos, os artistas selecionados para a mostra, têm em comum produções que não se limitam às questões regionais.

O professor comenta que o cenário da produção desta área, hoje, é mais fértil do que a das décadas anteriores, graças às novas tecnologias, que permitem maior interação entre artistas, público e pesquisadores. José Rufino explica que, por isso, a mostra segue um direcionamento que combina com o “ambiente globalizado” atual.

Segundo o representante da Fundação Nacional de Artes – Funarte – Nordeste, Naldinho Freire, a realização da mostra serve para reforçar a eficácia da articulação no segmento das artes visuais. “Quando queremos saber o que está correndo por fora do circuito, recorremos a outros autores e nomes importantes de cada região, para que nos ponham a par das novidades. Quando a classe se apóia numa postura colaborativa e integrada às outras esferas, todos saem ganhando. Foi assim que conseguimos encontrar boas surpresas, que agradarão ao público e conquistarão novos espaços”, explica Naldinho.

O diálogo entre cada criador, obra, público e contexto em que todos estão, é um dos critérios para a seleção dos artistas. Segundo Rufino, as artes visuais prestam um serviço ao cidadão, quando contribui na formação de um senso crítico.

Para ele, a arte precisa “nos despir de idéias pré-concebidas”, provocar questionamentos e gerar a transcendência do olhar. “Aí sim, estamos diante de uma ação verdadeiramente transformadora”, avalia. Rufino defende que a produção contemporânea de arte é fortalecida por três fatores: contatos, referências artísticas e conceituais, e produção constante. Eles contribuem para que os curadores conheçam novas obras. “As criações precisam circular, por que arte é movimento. E neste aspecto, o Nordeste segue a sua trajetória em alta velocidade. O que estamos trazendo é uma chance para o público não perder de vista o que está sendo produzido atualmente”, conclui.

São realizadores da iniciativa: o Fórum Nordeste de Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura, através das Secretarias de Cultura dos Estados da Paraíba, Pernambuco, Alagoas, do Rio Grande do Norte, Ceará, e Maranhão; as Fundações de Cultura dos Estados da Bahia e do Piauí e do município de Aracaju (SE); a Prefeitura do Recife e o Centro Cultural Banco do Nordeste. O trabalho de curadoria também contou com o apoio dessas secretarias e de outras entidades culturais da Região Nordeste.

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