Senado dos EUA aprova resolução que dá a Bush poder de atacar o Iraque

Reuters

Atualizada em 27/03/2022 às 15h28

WASHINGTON - O Senado dos Estados Unidos concedeu na madrugada desta sexta-feira a autorização final a uma resolução que autoriza o presidente George W. Bush a declarar uma guerra, se for necessária, para o desarmamento do Iraque. Em uma demonstração de que a guerra pode estar próxima, a Marinha americana autorizou o envio de mais dois navios para transporte de material bélico para uma base militar no Oceano Índico, de onde devem partir os ataques contra Bagdá.

De acordo com a edição desta sexta-feira do 'New York Times', os EUA já teriam delineado um plano para ocupar o Iraque. A Casa Branca estaria desenvolvendo um plano para um instalar um governo militar interventor liderado pelos EUA após a deposição de Saddam Hussein.

Dominado por democratas, o Senado aprovou a resolução de poderes de guerra depois de a Câmara de Representantes, de maioria republicana, ter votado em favor da medida, na quinta-feira, por 296 votos e 133 contra.

O Senado aprovou a resolução pró-Bush, negociada entre a Casa Branca e os líderes do Congresso, por 77 votos contra 23, dando sinal verde a um provável uso da força para obrigar o Iraque a eliminar as armas de destruição em massa e possivelmente derrubar o presidente do Iraque, Saddam Hussein.

A resolução garante a Bush o direito de atacar unilateralmente o Iraque, sem a necessidade de aval da ONU. Entretanto a Casa Branca ainda tentará obter aprovação do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Rússia, China, França, Grã-Bretanha, além dos EUA, têm poder de vetar a adoção de um campanha militar no Glofo Pérsico.

Nesta sexta-feira, em encontro em Moscou com o premier britânico, Tony Blair, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que não descarta uma nova resolução para o Iraque.

Bagdá reage - Por sua vez, o vice-primeiro-minstro do Iraque, Tareq Aziz, disse que o país responderá imediatamente a um ataque americano e ameaçou países árabes que derem apoio às tropas dos EUA.

Bush buscava a resolução do Congresso enquanto os Estados Unidos pressionavam o Conselho de Segurança das Nações Unidas para que adote uma nova medida mais forte que obrigue Saddam a abandonar qualquer programa de armas biológicas, químicas e nucleares ou, caso contrário, terá que enfrentar conseqüências militares.

O Iraque prometeu abandonar as armas de extermínio em massa depois da Guerra do Golfo em 1991. Mas o governo Bush acusa Saddam de desenvolver essas armas em desafio às resoluções do Conselho de Segurança da ONU - um argumento que o Iraque rejeita.

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