Coração Brasileiro

Luiz Ayrão tem apresentação de disco feita por Zeca Baleiro em que Alcione também participa

Lançamento do disco ''Um samba de respeito'' será nesta sexta-feira, 24 de maio. Participam também Diogo Nogueira e Monarco

Mauro Duarte/G1

Atualizada em 27/03/2022 às 10h56
O cantor e compositor Luiz Ayrão lança o disco ''Um samba de respeito'' na próxima sexta-feira, 24 de maio — Foto: Luis França (Agência Tobias) / Divulgação
O cantor e compositor Luiz Ayrão lança o disco ''Um samba de respeito'' na próxima sexta-feira, 24 de maio — Foto: Luis França (Agência Tobias) / Divulgação (Divulgação)

Luiz Ayrão lança nesta sexta-feira, 24 de maio, o disco Um samba de respeito, situado na fronteira entre os formatos de EP e álbum por ter somente sete músicas.

Esse repertório inédito e majoritariamente autoral foi gravado com participações de Alcione, Diogo Nogueira, Monarco e Zeca Pagodinho, entre outros nomes do samba.

Presença menos assídua no ninho desse samba, Zeca Baleiro também integra o time de convidados do disco Um samba de respeito.

E coube ao artista maranhense apresentar o disco e de quebra contextualizar no texto a carreira de Ayrão, artista carioca revelado no reino da Jovem Guarda a partir de 1966 – como compositor de músicas gravadas por Roberto Carlos – e projetado como cantor na década de 1970 como intérprete de sambas autorais como Porta aberta (1973).

Eis o texto de Zeca Baleiro sobre o disco Um samba de respeito, de Luiz Ayrão:

- Pra quem ainda não teve a honra de conhecer, Luiz Ayrão é um compositor carioca, tijucano de boa cepa, contemporâneo e vizinho de outros craques da música brasileira como Jorge Benjor, Erasmo Carlos e Roberto Carlos, dono de inúmeros sucessos que atravessam o Brasil desde os anos 60 até os dias de hoje.

Pra quem já o conhece, resta agora se deliciar com esta nova pérola de sua lavra, Um samba de respeito, seu mais recente álbum de canções inéditas, recheado de participações pra lá de especiais.

Cantam em Tentação de Malandro, delicioso samba de breque à moda do grande Moreira da Silva, dois Zecas - este que ora vos escreve e o genial Pagodinho, num duelo divertido de bossas, blagues e chistes.

Xande de Pilares dá as caras em No cravo e na ferradura, samba de verve noelina, e Alcione e Diogo Nogueira fazem duo suingado em Um samba merece respeito.

Ayrão divide com Péricles os vocais da bem-humorada e romântica Oxitocina.

O mestre Monarco solta seu vozeirão em Pobre passarinho, samba dele e de Ratinho, única composição do disco não saída da pena de Ayrão.

Toninho Geraes aparece em Pétalas de rosas e o mítico grupo Demônios da Garoa divide Fina ironia com Ayrão, sambão que encerra a bolacha em grande estilo.

O CD celebra os 50 anos de carreira de Luiz Ayrão, que muitos discos depois ainda mostra a inquietação dos grandes artistas.

O cara tem na bagagem canções que fazem parte do imaginário coletivo brasileiro, obras do naipe de Porta aberta, Bola dividida, Os amantes, O lencinho e Saudades da República, além dos primeiros sucessos eternizados na voz do rei Roberto Carlos, Ciúme de você e Nossa canção.

Não satisfeito com a grande obra construída e já consagrada, Ayrão se lança a uma nova aventura autoral, cheia de achados melódicos e poéticos, aventura que ele partilha com artistas parceiros, amigos e fãs.

Cantor seguro, melodista inspirado e bom poeta de estirpe malandra, Ayrão nos mostra neste trabalho suas proezas de mestre.

Saravá, professor!

O samba merece respeito, sim, senhor - Zeca Baleiro.

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