CPI dos Combustíveis

Para empresário, preços iguais se devem à "barreira psicológica"

Semelhança de preços seria em função de "impacto" causado pela gasolina além de R$ 3.

Diego Torres / Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h55

SÃO LUÍS - Durou menos de uma hora o depoimento do empresário Hélio Viana à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa que apura o aumento dos preços dos combustíveis e a suposta formação de cartel no mercado da capital maranhense. Além de Hélio Viana, estava previsto o depoimento do presidente do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis no Maranhão, Orlando dos Santos, entretanto, um problema de saúde fez com que sua presença fosse remarcada para o dia 30 de abril.

Por 50 minutos, o empresário Hélio Viana foi questionado pelos deputados da CPI sobre a suposta formação de cartel e, na maioria das vezes, suas respostas eram baseadas numa suposta "barreira psicológica" dos donos de postos para os preços apresentarem a mesma "semelhança". Viana agradeceu a oportunidade de explicar o fato de seus preços estarem os mesmos desde dezembro, antes portanto, do suposto acerto.

A barreira psicológica a que se referiu, Viana aconteceu porque outros empresários não quiseram ultrapassar a marca de R$ 3,00 em seus preços pois causaria muita rejeição aos consumidores. Ele lembrou também que nunca participou de reuniões para acerto prévio de preços nem acredita que haja cartel em São Luís. "Eu ajudei a fundar o sindicato e o dirigi por 12 anos. Desde que saí não participo de reuniões no sindicato nem acredito na formação de cartel".

Dumping

O empresário criticou a forma como os deputados e a imprensa vêm tratando o caso. Ele comparou os preços altos com os preços baixos e atribuiu que postos com valores muito baixos podem estar praticando dumping, quando uma empresa coloca preços abaixo do mercado para prejudicar seus concorrentes. "Porque nunca investigaram esses preços fora do normal? Não tem como um empresário ter R$ 0,03 ou R$ 0,04 de lucro no preço da gasolina".

Outras testemunhas

Além de Hélio Viana, devem ser ouvidos nesta quarta-feira (23) o ex-presidente do Sindicato, Dileno de Jesus Tavares, o empresário Carlos Gustavo Ribeiro de Paiva e o gerente de postos da Petrobras Distribuidora, José de Almeida Barreto. Os depoimentos seguem por toda a semana, até o dia 25 de abril (sexta-feira). De terça a quinta-feira, os depoimentos começarão às 14h e, na sexta-feira (25), às 8h30.

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