Denúncias

Corregedoria investigará conduta do juiz titular de Dom Pedro

Thales Ribeiro é acusado de cometer várias irregularidades no exercício da magistratura.

Imirante, com informações da Corregedoria

Atualizada em 27/03/2022 às 12h47

SÃO LUÍS - O corregedor-geral de Justiça, desembargador Guerreiro Júnior, determinou, nesta sexta-feira (22), abertura de procedimento administrativo contra o juiz Thales Ribeiro de Andrade, titular da comarca do município de Dom Pedro. O magistrado é acusado de supostas irregularidades no exercício da magistratura, o que motivou um elenco de denúncias que vem sendo amplamente divulgadas pela mídia. Guerreiro Júnior estipulou o prazo de 15 dias para que o magistrado apresente defesa.

O juiz é acusado, entre outras coisas, de, em atendimento a um pedido da prefeita da cidade, determinar ao delegado de polícia local, Otávio Cavalcante Dilma Diogo, o cumprimento de um mandado de busca e apreensão, executando a ação ordinária do processo 547/2010, proposta pelo município contra o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Dom Pedro, Joselândia, Santo Antonio dos Lopes e Senador Alexandre Costa. Por essa determinação, foi apreendida uma motocicleta de propriedade de Ivanildo Rosa Sobral, cunhado de Vera Alves, que é presidente do sindicato.

O caso foi divulgado, também, no Imirante, que apurou as informações com representantes do sindicato, documentos e, ainda, questionou o juiz Thales Ribeiro sobre as denúncias.

O desembargador Guerreiro Júnior destacou que as denúncias são graves, enfatizando que, comprovadas, o juiz sofrerá as sanções cabíveis.

O corregedor-geral de Justiça afirmou, ainda, que existe a questão da precedência contra o juiz, que já foi advertido pelo Pleno do Tribunal de Justiça do Maranhão em março de 2009. Ficou constatado, naquele período, segundo Guerreiro Júnior, que Thales Ribeiro foi beneficiado com despesas de hospedagens pagas pela Prefeitura de Dom Pedro, sob a administração do ex-prefeito Ribamar Filho, com recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental (Fundef).

“A Controladoria Geral da União comprovou que o juiz foi beneficiado com 330 diárias, referente a sua estada na cidade de setembro a dezembro de 2005 e de abril a outubro de 2006, num total de R$ 6.600,00”, destaca o desembargador. Thales Ribeiro também foi punido com a pena de censura, pelo fato de não residir na cidade.

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