BOM JARDIM - A cidade de Bom Jardim já está com os ultimos preparativos para o casamento comunitário que promete agitar a comarca em 21 de setembro. A solenidade, marcada para o Ginásio Esportivo Pedrosão, a partir das 10h, irá reunir 250 casais da sede e povoados do município. A iniciativa conta com a parceria da secretaria de Ação Social de Bom Jardim.
Segundo o juiz da comarca, Júlio César Lima Prazeres, existe demanda muito grande por casamentos comunitários no município. Ele credita o fato à extensão do lugar, aos muitos assentamentos e à dificuldade de acesso. No prazo de um ano foram realizadas três solenidades do tipo - nos povoados Novo Caru, Vilinha Varig e em São João do Caru (termo), quando foram oficializadas mais de 800 uniões.
Júlio César Prazeres destaca a importância dos Casamentos Comunitários como parte do Projeto Cidadania e Justiça, iniciado em 1999, bem como da Campanha pela Erradicação do Sub-Registro no Estado. Ambas as ações são iniciativas da Corregedoria Geral de Justiça. "Ao longo desses anos damos continuidade às sementes plantadas. Elas vingaram", afirma.
Para o juiz, a finalidade maior do casamento é regularizar uma situação estável. Apesar da lei assegurar direitos, o casamento permanece como uma instituição que firma a família. "O bonito do casamento é perceber que as pessoas, quando casam, têm duas certezas: irão ter direitos assegurados e, finalmente, consolidar a instituição família que formaram", explica. O juiz acrescenta que a comarca faz um trabalho de conscientização no sentido de mostrar que os casais devem buscar o casamento civil para isso - consolidar direitos e família.
Paralelamente à importância do casamento civil, a comarca lançou campanha pelo casamento religioso. Em função disso, estão sendo preparados os documentos dos noivos que desejarem receber o sacramento. O casamento católico unirá, no dia 27, na Igreja Católica São Francisco de Assis, cerca de 50 casais, e é uma parceria entre do Judiciário e Igreja, através da Pastoral da Família. A cerimônia marca a abertura dos festejos do padroeiro da cidade.
O magistrado acredita que a celebração do sacramento do matrimônio atende à necessidade do papel social desenvolvido pelo Poder Judiciário. Ele considera importante que os noivos recebam as bênçãos de Deus, e tenham preocupação maior com a família e com o compromisso de reforçar o núcleo familiar. "Estamos agindo como médicos, fazendo uma profilaxia", pensa.
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