Aumenta índice de hanseníase em Anajatuba

Jornal O Estado do Maranhão

Atualizada em 27/03/2022 às 14h34

ANAJATUBA - Cerca de 50 casos de hanseníase foram diagnosticados em mutirão da saúde, realizado este mês, em Anajatuba (128 km de São Luís), zona endêmica da doença. O índice é elevado, pois o Ministério da Saúde preconiza que é aceitável um caso a cada 10 mil habitantes.

A população do município é de 22 mil habitantes, sendo assim, seriam admitidos três casos da moléstia. O próximo mutirão será realizado no início de 2006.

Em virtude do alto número de pessoas com hanseníase, o prefeito de Anajatuba, Nilton Lima, convidará os outros prefeitos da Baixada Maranhense para fazer campanha de controle da doença na região.

Atualmente, existem em Anajatuba equipes do Programa Saúde da Família (PSF) realizando visitas rotineiras nos povoados. Elas identificam casos suspeitos da enfermidade e acompanham o tratamento dos doentes.

Do mutirão de combate à hanseníase participaram oito médicos (dermatologistas), 10 enfermeiros e outros funcionários da área de saúde. A promoção foi da Secretaria Municipal de Saúde de Anajatuba, com apoio do Ministério da Saúde e da organização não-governamental alemã Dhaw.

ABANDONO

O principal problema para debelar a doença, segundo o secretário municipal de Saúde, Manoel Antônio Pereira, é o abandono do tratamento por causa dos efeitos colaterais dos medicamentos. Os remédios podem causar nos pacientes dores nas articulações, alteração na cor da pele e erupções cutâneas, que são entendidas pelo doente como agravamento do estado de saúde.

A segregação social e o preconceito contra os hansenianos sempre foram comuns no município. Na tentativa de reverter este quadro, Pereira usa a informação sobre a doença, as formas de contaminação, de transmissão e tratamento como principais aliados.

“Estamos mudando a mentalidade da população e temos a nosso favor a credibilidade profissional, inclusive do prefeito, que também é médico”, disse o secretário.

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