São Paulo - Este mês é marcado pela campanha de Setembro Vermelho que alerta para os cuidados contínuos e preventivos com o coração. Além dos humanos, o período também chama atenção para as condições de saúde desse órgão nos pets. De acordo com o Veterinary Manual da MSD, um pouco mais de 10% dos animais que passam por consultas veterinárias têm problemas cardiovasculares.
As condições cardíacas em cães e gatos tendem a estar relacionados a fatores genéticos e raciais. "De forma geral, cães de porte pequeno e médio são mais predispostos a desenvolverem doenças valvares crônicas adquiridas, enquanto cães de porte grande e gatos são mais predispostos a desenvolverem doenças do miocárdio", explica a veterinária Paula Andreucci, da clínica SPet junto a Cobasi Tamboré.
Entre as doenças mais comuns, segundo a médica, em cães de raças pequenas estão valvulopatias e, em raças maiores, há uma tendência para a cardiomiopatia dilatada. Já nos gatos é comum a cardiomiopatia hipertrófica em raças como maine coon, persa e ragdoll, que pode gerar insuficiência cardíaca congestiva (ICC), trombos, arritmias e morte súbita.
"A Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) é o estágio de descompensação do coração que pode ocorrer em todas as doenças citadas acima. Outra doença que acomete o sistema cardiovascular de animais de qualquer raça ou idade é a dirofilariose, causada por uma larva microscópica transmitida por mosquitos", diz.
A especialista alerta que os sintomas de problemas cardíacos costumam ser silenciosos, assim, o ideal é que tutores levem seus pets em check-ups anuais de rotina. "Embora não haja cura o diagnóstico precoce e o tratamento adequando aumentam a perspectiva e qualidade de vida dos animais", diz.
Nas consultas de rotina, serão realizadas a auscultação cardiorrespiratória e aferição da pressão arterial do paciente. Alguns outros exames podem ser solicitados para identificação da doença, como o ecocardiograma, raio x de tórax, eletrocardiograma e exames de sangue, para avaliar o estado geral do paciente.
O tutor deve também ficar atento a alguns sinais como tosse, dificuldade de respirar, intolerância a exercícios, emagrecimento, desmaios, apatia, língua e mucosas arroxeadas.
Tanto para gatos quanto para cães, é mais comum que as doenças apareçam com o avanço da idade, a partir dos 5 ou 7 anos de idade, respectivamente. "Existem doenças cardíacas congênitas que acometem animais jovens, mas é mais raro e a doença já começa a se manifestar desde cedo", afirma a veterinária.
Ainda, assim como os humanos, é importante alguns cuidados preventivos extras. Como manter os pets com o peso ideal, com atividades físicas adequadas, pois a obesidade e o sedentarismo podem deixar os animais mais predispostos a enfermidades.
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