São Luís - Cada vez mais populares como animais domésticos, os pequenos roedores são uma boa opção de pet para quem não tem muito espaço em casa. A escolha entre porquinhos da índia, chinchilas, ratos twister ou camundongos, por exemplo, são uma alternativa muito interessante para quem procura um amiguinho inteligente e que não demande tantos cuidados ou grandes espaços para viver, mas não se engane: eles exigem atenção de seus tutores e algumas particularidades devem ser consideradas.
No caso do porquinho da índia, a tosa não é o único cuidado que o dono deve ter com o animal. Segundo a veterinária do PetMania, Shirley Fonseca, a alimentação, espaço, higienização da gaiola e a companhia para o bichinho precisam ser levados em consideração na hora de adquirir o roedor. “A maior causa de morte desses animais é o mau manejo com eles. Por isso, a tosa deve ser realizada por um especialista com todos os cuidados, assim como a alimentação específica para cada momento da vida do roedor”, alerta.
Casinha segura
Quando o assunto é o espaço do porquinho da índia, a especialista em animais silvestres e exóticos explica que deve ter no mínimo 120 cm de comprimento por 160 cm de largura por indivíduo. À medida em que se tem mais porquinhos, a gaiola deverá ser maior.
Dentro da gaiola, alguns itens são indispensáveis. “Ele deve ter uma casinha para dormir, aparas de madeira no chão, um recipiente com comida e um bebedouro. A temperatura da gaiola deve estar em um local que oscile entre 18º e 24º C e, de preferência, esteja dentro de casa. Sua água deve ser renovada uma vez ao dia e a gaiola limpa com produtos neutros, de preferência sem cheiro, uma vez por semana”, ensina.
Apesar de pequeno, o ideal é que alguns passeios sejam feitos ao ar livre, com segurança. É sempre importante que tenha um abrigo para se esconder caso fique assustado e que esteja longe de possíveis predadores, como cães ou gatos.
Alimentação
A alimentação do porquinho-da-índia precisa ser bem variada, com ração, verdura e legumes frescos, frutas, feno e também muita água. “Ração não pode ser a única alimentação. É muito importante que haja a suplementação com frutas e, principalmente com as verduras e feno à vontade, todos os dias. O feno é importante, pois ajuda na parte digestiva e desgaste dos dentes”, recomenda.
Ao contrário dos hamster, ratos e camundongos, que são roedores onívoros, a especialista lembra que os porquinhos da índia são herbívoros, então nada de pedacinhos de carne para eles. “Esses roedores se adaptam muito bem a uma dieta saudável que contenha feno, ração e certos tipos de verduras”, reforça.
Dentinhos
Além de todo cuidado com a saúde do seu pequeno, é fundamental ter atenção redobrada com os dentinhos. “Em relação à saúde bucal, é importante saber que os dentes nunca param de crescer, portanto, a mastigação e a trituração do feno contribuem para dentes saudáveis. Os cuidados devem começar cedo, com o acompanhamento feito por um especialista em animais silvestres e exóticos, que irá orientar a como fazer o melhor manejo do seu bichinho, seja em relação à alimentação, banhos higiênicos e até cuidados com a saúde dental do seu roedor”, aconselha.
Vida curta
Diferentes dos cães, que vivem cerca de 15 anos, os porquinhos costumam ter uma vida mais curta, em média de 4 a 6 anos. Já o peso, não costuma passar de um quilo, no caso dos machos e a fêmea 800 gramas.
Mesmo vivendo pouco, esses bichinhos se reproduzem o ano todo e a gestação varia de dois meses a dois meses e meio. A média de filhote por linhada é de três a quatro e a partir dos dois meses já podem estar se reproduzindo. “Se a pessoa tem um casal e não quer ter filhotes, o certo é castrar um deles, pois a reprodução deles começa bem cedo e eles têm vários cios no ano. Então em pouco tempo pode ser que tenha vários filhotes”, alerta a veterinária.
A especialista destaca ainda que esses animais são sensíveis e o tutor deve sempre estar de olho no comportamento do animal e se tiver qualquer alteração, por mínima que seja, é importante procurar um especialista. “O que acontece com muito frequência é recebermos animais em estado muito grave, que já vinham dando sinais de que não estavam bem e os donos não atentaram ou interpretaram como sono ou tristeza do animal. Às vezes uma coisa simples não sendo tratada no começo pode levar eles a óbito, por isso é sempre importante procurar um veterinário especializado”, finaliza a especialista em animais silvestres e exóticos. l
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