SÃO LUÍS - Os moradores do Bacanga têm se deparado com uma situação incômoda, nos últimos meses. O fechamento da Barragem do Bacanga causou a incapacidade das águas do Rio Bacanga se renovarem. Além disso, o esgoto in natura despejado no rio leva à morte da vida marinha e risco de saúde à população.
Relembre!
Em setembro de 2015, a comporta da Barragem do Bacanga se rompeu, e permitiu que a água entrasse no Rio Bacanga sem controle. A medida provisória tomada pela Defesa Civil foi a colocação de pedras, para impedir alagamentos na área. No entanto, a medida desencadeou um efeito indesejado: a morte da vida marinha do local, conforme explica o professor do Departamento de Oceanografia e Limnologia da Universidade Federal do Maranhão, Ricardo Barbiere.
“As pedras impedem a entrada da quantidade de água suficiente para renovação das águas do Rio Bacanga, então ela acaba ficando contida. O esgoto in natura despejado na região só piora a situação: a água fica sem oxigênio e a vida marinha morre. E com o fim do período chuvoso, que contribuía para renovação das águas, a tendência é só piorar”, explicou.
Protesto
Na sexta-feira (19), os moradores do Bacanga interditaram a avenida dos Portugueses, com uma grande quantidade de peixes mortos, retirados do próprio Rio.
Uma moradora do bairro, que preferiu não se identificar, mandou fotos do quintal da sua casa, ilustrando a situação alarmante do Rio Bacanga (Início da matéria).
Caso já está na Justiça
O Ministério Público do Maranhão (MP-MA) já notificou o Governo do Estado do Maranhão, no mês de março, para a criação de planos para o manejo e renovação constantes das águas do Rio Bacanga e também para uma contingência que determine o funcionamento permanente das comportas.
Por meio de nota, a Secretaria de Estado da Infraestrutura (Sinfra) afirmou que a previsão de entrega das obras na Barragem do Bacanga é janeiro de 2017.
Veja a nota na íntegra:
A Secretaria de Estado da Infraestrutura (Sinfra) informa que a obra de recuperação da Barragem do Bacanga está dentro do cronograma, com previsão para ser entregue em janeiro de 2017. Os serviços continuam em andamento e a nova comporta que será utilizada na barragem está sendo feita sob medida.
O problema será solucionado com a instalação da comporta que está sendo fabricada pela empresa Lotil, uma fornecedora de São Paulo. Enquanto isso, o sistema de apoio para manter o nível do lago está sendo executado através da instalação elétrica de seis stops logs (comportas de apoio para manter o nível do lago), que estão em funcionamento.
A Sinfra informa ainda, que está recuperando as vigas de apoio da ponte que se encontravam destruídas. Além da comporta, foram encomendados stops logs com o objetivo de fazer a vedação da água para a realização de manutenção, quando necessário.
Saiba Mais
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- Começa fase de programa de melhoria da qualidade de vida
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