SÃO LUÍS - Um projeto desenvolvido pelo professor Rômulo Ferreira, do Instituto Florence de ensino superior, detectou falhas técnicas no funcionamento da barragem do rio Bacanga, e constatou que há pelo menos seis meses as comportas não funcionam corretamente. Com isso, moradores da área Itaqui-Bacanga sofrem com uma série de problemas oriundos da poluição do rio e do transbordamento da barragem. Diante do quadro de perigo que os moradores das áreas adjacentes correm, a União dos moradores do bairro Sá Viana, em parceria com estudantes de enfermagem do Instituto Florence tem realizado atividades educativas, para conscientizar a comunidade sobre os impactos ambientais da barragem.
Rômulo Ferreira, professor em Segurança do Trabalho do Instituto, afirmou que não há segurança na barragem. "A fiação está exposta e a voltagem é muito elevada. Pode até levar à morte. Somente as comportas de emergências funcionam, e quando a barragem fica cheia transborda e alaga as residências dos que moram perto", explica o supervisor do projeto.
Em julho deste ano, o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Maranhão (Crea) atestou os graves problemas enfrentados pela barragem do rio Bacanga e chegou a afirmar que pelo menos 50 bairros de São Luís seriam alagados em caso de rompimento. Esta situação é a realidade dos moradores dos bairros do Sá Viana e Jambeiro. "Muita gente deixa suas casas no início do ano, quando ocorrem as chuvas, para fugirem do transbordamento da barragem, e quem fica acabam sendo vítima de animais peçonhentos trazidos pela água", disse José Reinaldo Pereira, presidente da Associação de Moradores do bairro Sá Viana.
O mau funcionamento das comportas causa ainda prejuízos ambientais, tais como a falta de oxigenação da água do rio e a consequente morte dos peixes que traz ainda prejuízos econômicos a quem depende da pesca naquela região.
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