Homicídio

Preso em Imperatriz homem condenado a 144 anos de prisão no PA

O condenado responde pelo crime que ficou conhecido como “Chacina da Fazenda Ubá”, no Pará.

Imirante Imperatriz

Atualizada em 10/11/2023 às 16h54
O crime aconteceu há quase 40 anos, no ano de 1985 no Estado do Pará.
O crime aconteceu há quase 40 anos, no ano de 1985 no Estado do Pará. (Foto: Divulgação)

IMPERATRIZ - O Grupo de Pronto Emprego de Imperatriz com apoio da Delegacia de Homicídios de Marabá (PA) e Delegacia de São João do Araguaia (PA) prendeu, nessa quinta-feira (9), um homem, identificado como Raimundo Nonato de Souza, condenado por homicídio. O crime aconteceu há quase 40 anos, no ano de 1985 no Estado do Pará.

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Na época, oito trabalhadores rurais foram assassinados na Fazenda UBÁ, localizada no município de São João do Araguaia, no sudeste paraense. Com grande repercussão, o crime ficou conhecido como “Chacina da Fazenda Ubá”, no Pará.

O homem preso em Imperatriz no Bairro Parque Alvorada I foi condenado a uma pena de 144 anos de prisão. Ele chegou a ser preso no dia 18 de outubro, após diligências de equipes da polícia no Pará, na cidade de Novo Repartimento, mas foi solto por determinação judicial. Porém, a decisão foi revogada e outro mandado de prisão foi expedido.

O caso

As investigações da Polícia Civil apontaram que oito trabalhadores rurais foram assassinados por um grupo de pistoleiros armados, na Fazenda Ubá, localizada no município de São João do Araguaia, próximo a Marabá, no sudeste paraense, em 1985.

Em junho do mesmo ano, famílias de trabalhadores rurais ocuparam parte da Fazenda Ubá, uma área de mais de 43 mil metros quadrados, de propriedade da família de José Edmundo Ortiz Vergolino. 
Em 13 de junho de 1985, os pistoleiros assassinaram três homens, um adolescente e uma mulher grávida de seis meses. Cinco dias depois, o mesmo bando retornou ao local do crime e matou mais três homens, entre eles o líder comunitário José Pereira da Silva, conhecido com “Zé Pretinho”. 

Após duas décadas, houve o julgamento do caso. O processo só foi retomado depois que a Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SPDDH), a Comissão Pastoral da Terra (CPT), o Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH) e o Centro pela Justiça e pelo Direito Internacional (CEJIL) submeteram o caso à apreciação da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), da Organização dos Estados Americanos (OEA), ocasião em que foi firmado um acordo que obriga o Estado brasileiro reconhecer a responsabilidade internacional por ter violado direitos humanos.

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