DAVINÓPOLIS - A morte de Maykon Guilherme de Sousa Furtado, um adolescente de 14 anos assassinado na noite de ontem (8), é mais um caso que desafia a polícia na elucidação de uma sequência de crimes registrados nos últimos dias, na cidade de Davinópolis. O município não tem uma delegacia especializada e o caso começou a ser investigado pela Delegacia Regional de Imperatriz, no comando de Alex Coelho.
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De acordo com o delegado, esse homicídio também estaria relacionado às outras três mortes de garotas assassinadas, que tiveram os corpos encontrados na mesma área, próximo ao riacho Cacau. A rivalidade entre facções criminosas teria desencadeado a onda de assassinatos que vêm assustando moradores da cidade. Com a morte de Maykon, apesar do início das investigações, não foi descartada a hipótese de queima de arquivo.
“A principal linha é essa, de rivalidade entre facções. Estamos verificando essas possibilidades, não posso afirmar porque a gente está apurando todas as informações que estão chegando. A novidade é que foi ventilada a participação dessa vítima, o Maykon, nos homicídios das meninas”, disse Alex Coelho.
Maykon foi alvejado com disparos de arma de fogo nas costas e na cabeça. Horas depois a Polícia Militar prendeu três suspeitos de cometerem o crime que não tiveram os nomes divulgados. Outra informação repassada à polícia é que Maykon era namorado de Débora Vieira, de 13 anos.
Triplo homicídio
Amanda Sousa Cruz, de 18 anos, e Jenifer Almeida da Silva, de 17 anos, além de Déboa Vieira, de 13 anos, foram encontradas mortas às margens do riacho Cacau no início do mês de agosto, todas esfaqueadas e com lesões nos braços, toráx e pescoço.
A polícia prendeu em um local que seria ponto de venda de drogas, no centro de Davinópolis, Gabriel Leite, de 18 anos, conhecido como “Biel”. Em depoimento, Gabriel confessou ter matado Jenifer, que era namorada dele, e que ajudou a matar Amanda e Débora, mas teria sido Jenifer a principal autora dos crimes das supostas amigas.
“O Gabriel ainda tá preso pelo homicídio da Jenifer e também já foi representada a prisão preventiva dele, em relação às outras duas. Ele continua sustentando a mesma versão”, disse o delegado.
Cerca de 10 pessoas foram ouvidas sobre os assassinatos das meninas. Com relação à perícia nos aparelhos celulares e no local onde aconteceram os crimes, Alex Coelho ainda aguarda laudos.
“A gente tá ainda está no prazo da investigação, esses dados, a perícia encaminha só depois, estamos na pendência de receber os laudos de necropsia, de extração de informações de aparelho telefônico. Se as cidades fossem mais aparelhadas, com câmeras, mas é um local ermo, o que dificulta a investigação”, acrescentou.
A polícia investiga agora se a morte de Maykon Guilherme tem mesmo relação com a morte das três garotas. Os três suspeitos pelo assassinato do adolescente foram ouvidos na manhã desta terça-feira (9) e encaminhados para a Unidade Prisional de Imperatriz (UPRI).
O fato é que violência causada por facções vem fazendo cada vez mais vítimas e essas organizações criminosas estão diretamente ligadas ao tráfico de drogas, muitas vezes com integrantes comandando ações criminosas de dentro dos presídios.
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