Líder reflete sobre novas habilidades exigidas no mercado

Liderança agora se trata de disposição; deixa de ser um papel exclusivo de quem ocupa cargos de chefia, e passa a ser uma atitude cotidiana, acessível e necessária a qualquer colaborador que deseja contribuir de forma significativa para o ambiente em que atua.  A provocação é feita a partir do conceito de Liderança Disposicional, proposto pelo mentor Aécio Ribeiro Filho, que há mais de duas décadas atua na formação, desempenho de competências e alinhamento comportamental de lideranças.

Na publicação, o especialista em liderança corporativa detalha o conceito, cujo pressuposto deve estar mais relacionado à proatividade, engajamento e solicitude, e menos à posição hierárquica. Segundo o autor, o líder disposicional é aquele que sabe delegar e cultiva no cotidiano uma postura fundamentada em valores e caráter: “quando alguém se dispõe a servir de modo efetivo, oferece soluções e tem ampla boa vontade para atuar e resolver”, afirma.

A abordagem une três níveis de inteligência a serem desenvolvidos: técnica, emocional e também o aspecto espiritual que, longe de se referir a conceitos religiosos, está relacionado aos princípios de integridade de conduta. Ao desenvolver este nível, o profissional será capaz de inspirar, acolher e conduzir, preocupado não apenas com resultados do próprio trabalho, mas com o desenvolvimento da equipe como um todo.

Em 10 capítulos, o autor une teoria e prática, com foco em performance e transformação pessoal. Para isto, apresenta valores e habilidades das metacompetências que compõem os níveis de inteligência, além de detalhar os "aplicativos de excelência pessoal", que servem de bússola para decisões éticas, estratégicas e humanas dentro e fora das organizações – como a capacidade de autoliderança. O objetivo é impulsionar o profissional a abandonar a zona da mediocridade, referida como sinônimo de uma atuação mediana, e fazê-lo alcançar a excelência.

Com linguagem descomplicada e abordagem provocativa, o autor dialoga com pessoas em cargos de gestão, estudantes, líderes religiosos, de ONGs e todos que, independentemente da posição, desenvolvam competências de liderança para influenciar com consciência no ambiente que atuam. Ao mesmo tempo em que Liderança Disposicional faz uma crítica aos modelos ultrapassados de gestão e atuação profissional, é um convite à reinvenção pessoal e coletiva, numa realidade que valoriza o poder da presença, da escuta e da coerência entre discurso e prática.

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