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COLUNA
Pergentino Holanda
O colunista aborda em sua página diária os acontecimentos sociais do Maranhão e traz, também, notícias sobre outros estados e países, incluindo informações das áreas econômica e política.
Pergentino Holanda

PH: Formatura em Administração

E mais: Bazar solidário

ph

A vitória do jovem Danilo dos Santos Pinheiro, que colou grau em Administração pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), foi comemorada também no Grupo Mirante. Sua mãe, Vilma dos Santos, uma mulher humilde, trabalha no setor de limpeza da Mirante. Na foto, Danilo, todo feliz, abraçado com Ângela Balby (secretária da presidência do Grupo Mirante) e sua mãe, Vilma
A vitória do jovem Danilo dos Santos Pinheiro, que colou grau em Administração pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), foi comemorada também no Grupo Mirante. Sua mãe, Vilma dos Santos, uma mulher humilde, trabalha no setor de limpeza da Mirante. Na foto, Danilo, todo feliz, abraçado com Ângela Balby (secretária da presidência do Grupo Mirante) e sua mãe, Vilma

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Retirada de tropas

O que era “fake News” na segunda virou “truth News”, ontem. Literalmente, porque a “pausa” de 90 dias na vigência das tarifas acima de 10% foi uma informação publicada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em sua própria rede que se chama Truth Social.

O episódio equivale a uma retirada de tropas na guerra comercial movida pela Casa Branca.

Se terá mesmo 90 dias, se vai mesmo beneficiar produtos como aço e alumínio – que também ficariam com tarifa de 10% –, ninguém sabe com 125% de certeza, só para citar o número da nova alíquota da China.

A decisão publicada sem detalhamento nem esclarecimentos criou novas incertezas. Mas foi suficiente para pausar também o derretimento nos mercados.

Loteamento de ministérios

A saída do ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União-MA), já estava acertada há tempo e ocorre agora só para corroborar a justificativa do governo de que seria errado “julgar” alguém antes de eventual denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR).

O presidente Lula repetiu várias vezes que daria ao ministro o direito de se defender.

O que ele buscava, contudo, era ganhar tempo enquanto o partido de Juscelino acertava internamente a substituição.

Loteamento de ministérios...2

O loteamento de cargos na Esplanada funciona assim. Em troca de votos no Congresso, o partido decide quem irá indicar e quando a nomeação ocorrerá. Neste caso, definiu até como seria a saída. Juscelino foi convencido a pedir demissão, tentando evitar exposição negativa também para o governo.

O Planalto está de olho em estreitar relações com o Congresso, e isso exige fazer concessões a partidos dispostos a apoiarem temas de interesse do Executivo.

A pasta das Comunicações seguirá sob comando do União Brasil. A escolha do novo ministro caberá exclusivamente às lideranças do partido, e já é líquida e certa a escolha do deputado também maranhense Pedro Lucas Fernandes Ribeiro (União-MA). 

De volta à Câmara dos Deputados

Com a saída do agora deputado federal e ex-ministro das Comunicações, Juscelino Filho, o deputado federal Ivan Junior (União-MA) vai deixar a Câmara após um mandato de dois meses como suplente.

Ivan assumiu o cargo no dia 1° de janeiro após o deputado federal Dr. Benjamin (União-MA), que era o suplente de Juscelino desde que ele assumiu o Ministério das Comunicações, ser empossado como prefeito de Açailândia, neste estado.

Na eleição de 2022, Ivan teve 6.647 votos (0,18% dos votos válidos), sendo essa a estreia dele na política. Juscelino, por sua vez, foi o quarto candidato mais votado no Estado com 142.219 votos (3,84% dos votos válidos).

Ele assumiu a suplência de Juscelino poucos meses após enfrentar outra derrota eleitoral. Candidatou-se ao cargo de vereador em São Luís e conquistou 1.967 votos (0,34% dos votos válidos). Com o resultado, ele não conseguiu uma das 31 vagas da Câmara de Vereadores da capital maranhense e, assim como em Brasília, se tornou suplente.

Reunião Ordinária do CNPG

O procurador-geral de justiça do Ministério Público do Maranhão (MPMA), Danilo de Castro, participou na última quarta-feira, 9, em Brasília, da 3ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União (CNPG).

O encontro foi realizado na sede do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), e a reunião, conduzida pelo presidente do CNPG e procurador-geral de justiça do MPDFT, Georges Seigneur, contou com a presença dos chefes dos Ministérios Públicos estaduais e de convidados, e teve como objetivo deliberar sobre temas relevantes para o fortalecimento da atuação ministerial em todo o país.

Reunião Ordinária do CNPG...2

Durante o encontro, foram aprovadas as atas da 2ª Reunião Ordinária, realizada em Fortaleza (CE), e da 1ª Reunião Extraordinária, ocorrida em Porto Alegre (RS). Também foram aprovados os anunciados e uma nota técnica apresentada pelo Grupo Nacional de Direitos Humanos (GNDH).

Entre os destaques da pauta, houve apresentações sobre iniciativas e ferramentas externas ao aprimoramento da atuação do Ministério Público, como a exposição do Fórum Nacional de Atenção à Saúde Mental, realizada por representantes do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), e as apresentações da ferramenta Verum e do projeto “STF em Foco”.

Ainda no encontro, foi feita a assinatura de protocolos de intenção voltados ao aperfeiçoamento da atuação institucional em duas frentes prioritárias: a promoção da educação infantil e o enfrentamento à violência doméstica e familiar, com a participação do corregedor nacional do Ministério Público, Ângelo Fabiano Farias da Costa.

Danilo de Castro, procurador-geral de justiça do Ministério Público do Maranhão (MPMA), na 3ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União (CNPG)
Danilo de Castro, procurador-geral de justiça do Ministério Público do Maranhão (MPMA), na 3ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União (CNPG)

DE RELANCE

Jorge Amado, narrador do Brasil

Se a Bahia é reconhecida e querida nacional e internacionalmente, sobretudo de meados do século passado pra cá, deve tudo a Jorge Amado (1912-2001). Muita gente se interessou em conhecer a terra de Gabriela, seu Nacib, Teresa Batista, Vadinho, Dona Flor, Livia, Guma, Tieta, Pedro Bala – e tantos outros personagens que emolduraram a Bahia e nortearam a literatura nacional –, depois de folhear e se encantar com os escritos de Jorge.

Então, para decifrar este universo tão baiano e, ao mesmo tempo, tão brasileiro, o escritor, pesquisador e crítico mineiro Eduardo de Assis Duarte, 74, lança “Narrador do Brasil – Jorge Amado leitor de seu tempo e de seu país”, nesta sexta-feira (11), na Academia de Letras da Bahia.

Essa já é a segunda incursão de Duarte sobre a obra amadiana. Ele também é autor de “Jorge Amado, romance em tempo de utopia” (1996), em que focou nos romances ‘proletários’ dos anos 1930 a 1950, do escritor baiano.

O escritor Jorge Amado, que deixou muitos amigos no Maranhão, é homenageado com mais um livro sobre sua história e sua obra
O escritor Jorge Amado, que deixou muitos amigos no Maranhão, é homenageado com mais um livro sobre sua história e sua obra

Jorge Amado, narrador do Brasil...2

Para Eduardo de Assis Duarte, a quem este Repórter PH foi apresentado pelo próprio Jorge Amado, a produção amadiana se constitui em verdadeiro patrimônio cultural e tem recebido, neste primeiro quarto do século XXI, um grande volume de novas apreciações para além de leituras canonizadas desde o século passado.

Neste novo trabalho, o crítico se dedica à produção de Jorge Amado como um todo e oferece ao leitor uma visão mais ampla, profunda, humana e complexa para a extensa obra do autor de Mar Morto, que já atravessa seis décadas da nossa história.

“Não me debruço sobre o conjunto das publicações, livro por livro. Faço um recorte e teço relações entre O país do carnaval, Jubiabá, Capitães da areia, Gabriela, cravo e canela, Dona Flor e seus dois maridos, Tereza Batista cansada de guerra, Tieta do Agreste, Tenda dos milagres, além de textos mais curtos, como Quincas Berro D’água e O compadre de Ogum. Mas procuro destacar algumas constantes e opções construtivas que atravessam seus escritos”, salienta o autor mineiro.

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Pesquisador com publicações sobre Machado de Assis, Conceição Evaristo, Itamar Vieira Junior e outros autores modernos e contemporâneos, Duarte parte do pressuposto de que as transformações experimentadas pela vasta obra de Jorge Amado o tornaram, antes de tudo, um leitor de seu tempo e de seu país.

“Jorge Amado é, sem dúvida, um dos grandes responsáveis pela formação de um público leitor para a literatura brasileira, e isto não é pouco. Não é a todo momento que um romancista consegue a proeza de ter milhões de receptores para um único livro, como Capitães da areia, por exemplo. E isto não apenas entre nós, mas também no exterior, já que está traduzido em 49 idiomas e é lido e estudado em inúmeros países, dos Estados Unidos ao Vietnam”, explica Eduardo.

Em Narrador do Brasil, o crítico mineiro quer evidenciar ainda o escritor comunista que, paradoxalmente, defende a liberdade religiosa, o feminismo, sempre atento ao direito ao corpo, e o ‘negritudinista’ que, pela primeira vez na literatura brasileira, coloca o negro como herói.

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Eduardo lembra ainda que Jorge é um observador atento de seu tempo e de seu país, como já prescrevera Machado de Assis no século XIX. “Um produtor de ficção cuja percepção evoluiu rumo a um entrelugar privilegiado que lhe permite um olhar plural, múltiplo, atento aos dramas sociais provocados pela opressão do pobre, da mulher, do negro. Um leitor-escritor inconformado com a exploração, o desrespeito, as injustiças”.

A obra explora também os marcadores sociais de diferença – classe, gênero e etnicidade –, e mostra como tais conceitos e suas intersecções estão presentes em todo o trabalho deste autor baiano, que sempre foi um campeão de vendas no Brasil.

“Seus personagens são, antes de tudo, brasileiras e brasileiros, gente que, em sua maioria, tem que dar duro para viver ou, em muitos casos, sobreviver: pobres, habitantes de cortiços, como em Suor; órfãos, como os meninos de Capitães da areia; retirantes, como Gabriela ou os personagens de Seara vermelha; negros vítimas de preconceito, como em Tenda dos milagres e outros escritos. Mas, acima de tudo, gente que luta, resiste e alimenta as utopias que atravessam os romances”, pontua Duarte.

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E na contramão de uma visão mais eurocentrada, Jorge sempre elegeu homens e mulheres do povo como heróis, o que talvez explique boa parte de seu sucesso e o torne um eterno clássico nacional.

Mas alguns críticos chegaram a considerá-lo um autor menor. Segundo Eduardo, isto aconteceu porque o escritor baiano ousou escrever para o povo, não para a elite. “Em 1991, quando defendi minha tese, disse que a universidade brasileira em geral só lê aqueles livros que só ela lê, e o que o povo aprecia ela, não toma conhecimento”.

“Nessa linha, muitos críticos, deslumbrados com o que há de mais sofisticado em termos de elaboração literária vinda do hemisfério norte, passaram a acusá-lo de ‘populismo’, ‘pobreza estética’, ‘estereótipos’ e outros ‘defeitos’ próprios a uma produção alheia ao formalismo elitista”, alinhava o autor.

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Então, afinal, o que quer Jorge Amado com sua obra? “A meu ver, um país melhor, mais humano, dentro de um mundo sem opressão. Ou seja, utopia pura! Uma sociedade sem exploração econômica e com justiça social; sem opressão de gênero, com direitos iguais e respeito mútuo entre as diferenças; e sem racismo e quaisquer outras formas de discriminação pela cor da pele. Simplesmente um outro país e um outro mundo”, sintetiza Eduardo Duarte.

Para quem não lembra, Jorge Amado morou durante vários meses em São Luís e aqui escreveu quase todo o seu romance “Tenda dos Milagres – a face obscura”, e incluiu entre os seus personagens um pardo de nome Pergentino.

Trabalho escravo

A Secretaria de Inspeção do Trabalho, órgão do Ministério do Trabalho e Emprego, publicou ontem a atualização do Cadastro de Empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas (semelhantes) à escravidão, a chamada “lista suja” do trabalho escravo.

Neste mês, o documento reúne 155 novas pessoas físicas (patrões) e jurídicas (empresas). Desse total, 38 nomes são de patrões e empresas que atuam no Pará, sendo 37 com nomes e atividades relacionadas ao Estado e uma relacionada ao Maranhão, mas com endereço na cidade de Rondon do Pará, sudeste paraense.

Concurso de poesia

A Academia Maranhense de Ciências, Letras e Artes Militares realizou, na noite de quarta-feira (9), a solenidade de premiação do Concurso Nacional Pedro Ivo de Poesia.

O evento foi realizado na Associação Maranhense dos Escritores Independentes (AMEI), no São Luís Shopping, com a presença de poetas e convidados.

A comissão julgadora foi formada por professores universitários e membros da Academia Maranhense de Letras (AML), acadêmicos da AMCLAM e das Academias de Letras do Maranhão e de outros estados.

Bazar solidário

Neste mês de abril, São Luís contará com um evento de grande importância econômica, social e empreendedora: a realização de uma edição especial do Bazar Solidário, que chega com a proposta única de oferecer produtos novos de qualidade e a preços acessíveis, enquanto contribui com causas sociais essenciais: uma oportunidade de fazer compras e ainda apoiar instituições beneficentes que atuam diretamente no apoio a comunidades em situação de vulnerabilidade.

Ao longo dos três dias de evento, que serão entre 12 e 14 de abril, das 8h às 17h, no Centro de Comercialização de Produtos Artesanais do Maranhão (CEPRAMA), no bairro Madre Deus, na capital maranhense, o público poderá conferir centenas de roupas femininas, acessórios, mochilas, bolsas de viagem e equipamentos eletrônicos - todos novos e com preços acessíveis, doados pela Receita Federal.

Para escrever na pedra:

“A justiça é a vingança do homem em sociedade, como a vingança é a justiça do homem em estado selvagem”. De Epicuro.

TRIVIAL VARIADO

Guerra comercial: Trump recua, reduz tarifas por 90 dias e causa alívio nos mercados após retaliações. Decisão dos EUA não vale para a China, que teve as taxas elevadas a 125%. Presidente disse que quer acordos justos. Após encostar em R$ 6,10, dólar caiu.

Estrangeiros: o governo brasileiro retoma hoje a exigência de visto para turistas dos Estados Unidos, Canadá e Austrália. Reciprocidade é assim.

Mobilização: o pedido de urgência do Projeto de Lei que anistia condenados pelos atos do 8 de Janeiro já conta com assinaturas de 240 deputados.

Soja e frango: o agronegócio brasileiro festejou, ontem, a decisão da União Europeia de impor sobretaxas às exportações de soja e carne de frango dos Estados Unidos, em retaliação às taxações do presidente Donald Trump a produtos de países da Europa.

Expectativa: a avaliação é que o Brasil, maior produtor de soja e frango do planeta, pode ser o grande beneficiado nesta guerra tarifária entre Estados Unidos, China e União Europeia.

Cidadã Maranhense: a Assembleia Legislativa do Estado faz hoje a entrega do título de Cidadã Maranhense para a escritora Ceres Costa Fernandes, que ocupa cadeiras nas Academias Maranhense e Ludovicense de Letras.

 

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