(Divulgação)
COLUNA
Kécio Rabelo
Kécio Rabelo é advogado e presidente da Fundação da Memória Republicana Brasileira.
Kécio Rabelo

30 cores em maio

A arte é o silêncio de todos os gritos por liberdade e o som estupendo de toda liberdade retirada.

Kécio Rabelo

Dos campos verdes da Baixada, das chapadas suspensas no seio do Cerrado, das alvas nuvens de areia que emolduram os Lençóis Maranhenses ao centenário convento de pedras frias, de onde ainda se pode ouvir o brado do Padre Vieira louvando memórias, pulsam as cores do Maranhão.

Os traços pontilhados da história ganham vida e o estado onde a arte é exaltada em monumentos torna-se o epicentro de uma explosão de cores e formas, que saltam da vida bem antes das mãos dos que, como auxiliares da criação, atualizam a beleza, como se traduzissem seus insondáveis mistérios. Sim, a beleza em estado puro ou como anseio filosófico é um reino de misteriosos entrelaces. 

Assim, “30 Cores em Maio” ancora segura no porto das artes e dos artistas, oportunizando espaço, fomentando criatividade e reunindo expressões para celebrar a pujante  diversidade cultural e artística de nossa terra, de onde emana a inspiração e para onde acorrem nossos olhares ávidos de beleza, bêbados de todo encanto.

A arte é o silêncio de todos os gritos por liberdade e o som estupendo de toda liberdade retirada. Daí, surge como incontida força, que irrompe as tiranias e esbraveja por direitos, dando voz e luzes aos que se esgueiram nas sombras. Ela, a arte, foi sempre amiga da Democracia e, com ela, o remédio que regenera o que é disperso e corrompido e corrige os equívocos próprios do caminho. 

Vasto o campo da criatividade artística deste chão, onde destacam-se os elementos das lutas, das resistências, das conquistas e celebrações. Um louvor perene à criação e um mantra insistente de cuidado com a “ Casa Comum”, seus habitantes e saberes. 

Este salão se delineia da  inspiração de uma criança de quatro anos de idade que usa os pincéis para tornar real sua imaginação, aos cautelosos traços de uma centenária de 104 que fidelizou seu amor e dedicação à arte. Por entre esses cem anos, revela-se o universo de artistas que desta terra germina.

Eterno seja, portanto, o nosso olhar e no que nele permanecer gravado das artes da vida, sejam trinta ou sempre mais as janelas - pintadas ou esculpidas - que nos permitem olhar para além de nós.

Viva o Maranhão, viva seus traços e cores, infinitas, expressões sem igual da nossa gente!

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