PH Revista: Aniversário de Eulálio Figueiredo
E mais: História do Carnaval de São Luís
DESTAQUE de capa do PH Revista deste fim de semana, a bela passista Paloma Arouche, da Escola Flor do Samba, desembarcou com outros passistas e foliões da tradicional escola do bairro do Desterro, na festa de aniversário do juiz Eulálio Figueiredo, realizada na última segunda-feira no Rio Poty Hotel & Resort
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Garotas e onças
Nada foi mais tocante no Carnaval que passou do que uma cena do maior espetáculo da Terra, como ainda merece ser chamado o Carnaval do Rio de Janeiro.
A cena mais emblemática foi, sem dúvida, a atriz Paolla Oliveira virando onça no desfile da Grande Rio.
Com um capacete movido por controle remoto, a rainha da bateria transformou-se numa fera com olhos de LED, sem deixar de sambar, retornando em seguida à sua forma humana original.
Questionada por um repórter sobre quem acionava o mecanismo que fazia a cabeça do felino encobrir a sua, Paolla foi irônica e brilhante:
– Eu mesma apertava. Você acha que uma onça vai dar o controle para alguém?
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Resumo perfeito para a grande revolução feminina dos tempos atuais. Ainda estamos muito longe da igualdade de gênero desejada por todas as pessoas conscientes e de boa vontade, mas cada vez mais mulheres estão conseguindo superar barreiras culturais históricas para serem o que quiserem.
No contexto do empoderamento feminino, destaco uma outra grande contribuição que vem da literatura. Quando a menina dos meus olhos me apresentou um livro escrito para despertar belas adormecidas, fui correndo me informar mais sobre ele. Descobri, então, por que a obra criada por duas autoras italianas há quase uma década transformou-se não apenas em fenômeno literário traduzido em dezenas de países, mas também em eficiente estímulo à autoestima de meninas leitoras.
Refiro-me a Histórias de Ninar para Garotas Rebeldes, de Elena Favilli e Francesca Cavallo, livro que simplesmente relata, em textos curtos ao estilo dos antigos contos de fada, biografias de mulheres de verdade que conquistaram espaço próprio em diversas áreas do conhecimento humano.
Garotas e onças...3
Trata-se de uma daquelas “ideias poderosas cujo tempo chegou”, como anteviu o poeta francês Victor Hugo.
Incomodadas com o estereótipo de gênero dos livros infantis, que retratam os homens como protagonistas e as mulheres como princesas, Elena e Francesca decidiram provar, em linguagem acessível e de fácil compreensão para as crianças, que nenhuma garota precisa ficar esperando pelo príncipe encantado para se realizar.
Então, começaram a juntar biografias de mulheres, famosas ou nem tanto, que enfrentaram preconceitos, lutaram e alcançaram seus propósitos de vida.
A goiana Cora Coralina está no primeiro volume. Já existe até uma edição especial com cem brasileiras.
Paolla Oliveira, que superou críticas preconceituosas para brilhar no último Carnaval, ainda não está lá. Mas já merece, principalmente por mostrar que uma mulher pode virar onça para se defender, sem deixar de ser uma verdadeira rainha.
Ecos da atitude de Paolla
A propósito: “Críticas e elogios são uma passagem. O que resta na Quarta-Feira de Cinzas é o que somos na vida, nossa atitude, nossa voz, nossas escolhas, nossa evolução”, disse a atriz Paolla Oliveira, fazendo um balanço da repercussão de sua passagem pela Sapucaí, com a surpreendente fantasia de onça-pintada.
Ovos de Páscoa
Com o Carnaval ainda a pleno vapor nas ruas de São Luís, algumas lojas da cidade já decidiram expor os ovos de Páscoa em suas vitrines.
Vale lembrar que ainda estamos há mais de um mês da Páscoa, que esse ano será celebrada no domingo, dia 31 de março.
Um foco de infecção
A manifestação convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para o fim de fevereiro, em protesto contra as acusações que lhe estão sendo feitas pela Polícia Federal, pelo ministro Alexandre de Moraes e pela área mais agressiva do governo Lula, virou um acontecimento político de primeira linha.
Não é isso, aparentemente, que vai diminuir a barragem de artilharia disparada contra ele pelo STF.
Se a rua encher o ambiente vai ficar mais nervoso – mas os ministros têm uma tradição de olhar para a praça pública como um foco de infecção operado por seus inimigos políticos.
Ou seja: nunca cogitam que possa haver aí, talvez, um alerta de que a população está achando algo de errado com o que fazem.
DE RELANCE
História do Carnaval de São Luís
As ruas, avenidas e praças são palcos dos dias mais felizes do ano há muito tempo. Os blocos já estão há semanas nas ruas de São Luís para o Carnaval deste ano. Difícil seria imaginar o contrário. A folia que toma conta da cidade já é uma marca mais que registrada da festa. O fato de as ruas, avenidas e praças serem palcos dos dias mais felizes do ano há mais de um século contribui muito para isso.
O carnaval nas ruas de São Luís é centenário. O início dessa história foi aquecido por algumas tensões que resultaram em reuniões democráticas que atraem e misturam todos os naipes de pessoas atrás, ao lado, em frente ou em cima dos blocos.
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No começo do século passado, a alta sociedade de São Luís começou a realizar bailes de Carnaval. Inspirados nas festas que aconteciam na Europa, e depois no Rio de Janeiro, os encontros eram fartos de bebidas e embalados por ritmos oriundos do Velho Continente. Enquanto isso, nas ruas da cidade, milhares de foliões brincavam o entrudo – festa portuguesa em que pessoas fantasiadas dançam e jogam limões de cheiro, farinha, maisena ou água uns nos outros.
No caminho para esses bailes de Carnaval, a elite maranhense desfilava com suas roupas de luxo em carros abertas e passava pelas ruas onde aconteciam as festas populares. Esse encontro de distintos grupos contribuiu para uma espécie de fusão. Com isso, a folia burguesa incorporou elementos da festa popular e vice e versa.
A partir daí a folia de rua não perdeu mais o rumo e conseguiu como resultado possibilitar o encontro de todo tipo de gente em blocos dos mais variados ritmos e gêneros musicais. Neste ano, centenas de blocos saíram em São Luís.
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Nos últimos anos, com o crescimento de blocos menores e o fortalecimento dos mais tradicionais, um discurso que frisa uma “retomada” do Carnaval de rua foi adotado por muita gente. Entretanto, essa afirmação incomoda alguns historiadores: o Carnaval de rua em São Luís nunca deixou de existir.
Nos bairros mais tradicionais da cidade, por exemplo, os moradores colocam suas cadeiras nas calçadas e vestem seus filhos para batalhas de confete e outras brincadeiras.
Os Fofões sempre existiram no centro histórico da cidade. Falar em retomar é uma visão um pouco restrita.
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É necessário lembrar que o Carnaval, para uma parte dos maranhenses, sempre teve a dimensão de ser um tempo de subversão da cidadania roubada. Inventamos na rua a cidade negada nos gabinetes poderosos, sobretudo no contexto de transição entre o trabalho escravo e o trabalho livre, nos últimos anos da monarquia e nos primeiros da república, quando a festa ganhou contornos populares mais contundentes e uma parte significativa dela passou a ser um canal de expressão de descendentes de escravos.
A partir daí a festa confunde-se com a própria história da cidade, como é até os dias atuais. Entrudos, corsos, batalhas de confetes e flores, blocos de arenga, ranchos, cordões, grandes sociedades, bailes de mascarados, escolas de samba, onças do Catumbi e caciques de Ramos, simpatias e suvacos balzaquianos, bate-bolas suburbanos, dão pistas para se entender como as tensões sociais – disfarçadas ou exacerbadas em festas – bordam as histórias desse terreiro.
Coquetel da morte
Não são os desígnios divinos que produzem o massacre de mais de 33 mil mortos no trânsito a cada ano no Brasil.
O levantamento divulgado esta semana só confirma o coquetel tóxico que nos coloca num infame segundo lugar do ranking mundial de onde mais se morre no trânsito – 16 em cada 100 mil brasileiros por ano –, atrás apenas da Rússia do gelo e da neve traiçoeiros.
No Brasil, o perverso somatório de causas começa pelo traço cultural da imprudência e do individualismo.
O Melhor do Sexo
Teólogo rompe com o tabu sobre sexualidade cristã.
Ao expor o paradigma cristão sobre relações sexuais, o pastor e teólogo Osiel Gomes defende que tanto o homem quanto a mulher são dignos de desfrutar do prazer dentro do matrimônio.
No lançamento de “O Melhor do Sexo”, longe de julgar como algo impuro, imoral ou pecaminoso, Osiel revela que “a criação de tabus sexuais entre cristãos resulta em uma ética ‘tradicional’ que limita o sexo apenas à procriação, negligenciando a criatividade na intimidade e adotando um falso moralismo.
Muitos cristãos acabam utilizando suas esposas como objetos de prazer, resultando em uma triste realidade que não pode ser ignorada se quisermos promover a liberdade sexual que Deus idealizou para o casamento.
Para escrever na pedra:
“A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos”. Citação de autor desconhecido e atribuída erroneamente a Charles Chaplin.
TRIVIAL VARIADO
Catraca livre: Senado recorreu da decisão do STF que determinou transporte público gratuito nas eleições, válida já no pleito deste ano.
Coronavírus: o Brasil chega a 709.765 mortes por complicações da covid. Dado foi divulgado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde.
As primeiras missas da abertura oficial da Campanha da Fraternidade 2024 em São Luis ocorrerão neste sábado.
A Campanha da Fraternidade deste ano tem como tema “Fraternidade e Amizade Social”, e lema “Vós sois todos irmãos e irmãs”.
Quem muda de idade neste domingo, 18, é a atriz paulista Christiane Torloni. Ela nasceu em 1957.
Ex-Globo, Dadá Coelho assina com a TV Brasil e fará Sem Censura com Cissa Guimarães. A atração estreia no fim deste mês.
Antes, quando o Carnaval passava, a gente dizia que, agora sim, o ano já podia começar. Bem que daria para trocar esse conceito – tão demodê – por algo do tipo, agora que o Carnaval passou, a temperatura já pode baixar.
Saiba Mais
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