Turistas se sentem perdidos em São Luís

Visitantes reclamam da falta de placas de orientação em toda a cidade e dos perigos em praias

Estado do Maranhão

Atualizada em 27/03/2022 às 14h09

SÃO LUÍS - “A gente fica perdido, completamente perdido quando chega a São Luís”. A frase do advogado Ricardo Dias, de 35 anos, que veio de João Pessoa (PB) passear na capital maranhense com a esposa, ilustra bem o sentimento dos turistas que visitam a cidade por causa da falta de placas indicativas de locais turísticos.

Não há placas indicativas em vários pontos da capital. Nas praias também os visitantes não são alertados sobre os riscos, o que os deixam confusos, sem saber para onde ir, nem se estão indo no lugar certo. E, nesse ponto, ficam reféns da sorte, sendo alvos fáceis de bandidos ou até mesmo de “perigos domésticos”, como caravelas, que, semana passada, provocaram queimaduras em uma turista paraense na praia do Olho d’Água.

Dos principais pontos turísticos de São Luís, apenas na Praia Grande há mapas de orientação de turistas. Ainda assim, com poucas informações em inglês. E se não bastasse a falta de mapas de orientação, os que ainda existem estão depredados, rasgados ou com informações obsoletas. Um exemplo disso são dois mapas que ficam no estacionamento da Praia Grande.

O primeiro, localizado ao lado do Viva Cidadão, está se decompondo e já não é mais possível identificar nele alguns locais importantes da cidade como o Largo do Carmo e a praça João Lisboa. Além disso, o mapa relaciona como ponto de referência para alguns pontos turísticos um antigo prédio da Telecomunicações do Maranhão (Telma), companhia telefônica extinta após sua privatização durante o governo Fernando Henrique Cardoso. A segunda placa, localizada ao lado do Centro de Criatividade Odylo Costa, filho, está sem proteção, já que o vidro foi quebrado.

Guardas

O empresário José Batista Fonseca Júnior, de 39 anos, que mora em Teresina (PI), visita São Luís todos os anos com a família, mas, mesmo assim, ainda se sente perdido com a falta de orientação. Segundo ele, são necessárias mais placas, principalmente em outros locais longe do Centro Histórico. “Em poucas visitas, deu para perceber que a preocupação é apenas com o Centro Histórico e não com outras áreas como praias, clubes, entre outros locais de lazer”, contou o empresário. “Além disto, faltam guardas para dar orientações para o turista”, complementou ele.

A enfermeira Priscila Cleto, de 23 anos, veio de Sorocaba (SP) com o namorado para passar as festividades de fim de ano na capital. Pela primeira vez na cidade, a estudante contou que conseguiu se guiar apenas porque obteve um mapa no hotel onde estava hospedada. “Se não fosse este mapa, sinceramente não saberia como iria fazer para andar pela cidade. E, em São Luís, tudo é mais complicado porque a arquitetura de certos locais é parecida, então, é como se você andasse sempre pelo mesmo lugar”, brincou a enfermeira.

Além da falta de informações turísticas, um outro problema apontado pelos visitantes é a falta de placas indicativas de perigo nas praias da capital. Semana passada, por exemplo, a turista paraense, Janete da Silva, de 23 anos, foi vítima de caravelas na praia do Olho d’Água. Na ocasião, ela reclamou da falta de informação ao turista na orla marítima. “Vim para o Corpo de Bombeiros sem nem saber o que eu tinha. Realmente é muito ruim a falta de informação e de apoio ao turista na cidade”, assinalou.

“A atenção a turistas na praia, no que se refere a informações básicas, é horrível e acho que em uma capital com o potencial de São Luís deveria haver maior preocupação com esta questão”, afirmou o engenheiro Elias Sousa, de 29 anos, que está visitando a cidade pela primeira vez.

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