Secretário de Turismo aponta diversificação como um dos motivos do superávit no setor

Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 14h43

RIO - A diversificação da oferta de produtos turísticos brasileiros é uma das principais razões para que o país tenha, há 26 meses consecutivos, um superávit na balança turística (diferença entre os gastos dos turistas estrangeiros no Brasil e os gastos de turistas brasileiros no exterior). A afirmação foi feita pelo secretário nacional de Políticas de Turismo, Milton Zuanazzi, em entrevista ao Programa Manhã Nacional, da Rádio Nacional do Rio de Janeiro.

Segundo Zuanazzi, a desvalorização do real em relação ao dólar e ao euro não explica, por si só, o superávit na balança, já que essa situação monetária não é algo recente. "O sol e a praia ainda são nosso grande atrativo, mas o Brasil hoje começa a ter uma posição significativa na área de eventos e de outros segmentos, como o ecoturismo, o turismo de aventura, o turismo histórico e cultural."

O secretário explica ainda que o Brasil adotou uma posição de estimular o turismo de brasileiros no exterior e no interior do país, o que não acontecia anteriormente. "Nós somos um país que se preocupa muito em 'vender' o estrangeiro para os brasileiros, e tínhamos pouca preocupação em fazer o contrário. Estamos comemorando tanto os estrangeiros aqui quanto o número de brasileiros viajando dentro do país. Isso é muito importante para a economia brasileira", afirmou.

Segundo Milton Zuanazzi, o turismo brasileiro também foi ajudado pela ampliação dos destinos do Nordeste brasileiro, que cria uma alternativa aos destinos tradicionais: Rio de Janeiro e São Paulo. Além disso, houve um aumento do número de vôos fretados para o país.

Ele explicou ainda que os turistas que mais visitam o país são os europeus e os próprios sul-americanos. A explicação para o número não tão elevado de norte-americanos seriam os problemas para a aquisição de vistos. Isso porque a Lei de Reciprocidade, que rege as relações internacionais do Brasil, prevê que os estrangeiros tenham as mesmas dificuldades para entrar no país que os brasileiros que forem ao exterior enfrentarem.

"O mercado americano ainda está limitado devido à problemática do visto. Estamos agora tentando vencer isso, a fim de criar uma alternativa à Lei de Reciprocidade", disse o secretário nacional.

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