SALVADOR - O código de conduta no turismo é o principal tema em discussão, hoje, no terceiro dia do Fórum Mundial do Turismo para a Paz e Desenvolvimento Sustentável. Na parte chamada de "governança", continuam as discussões dos secretários estaduais, da diretoria do Conselho Nacional do Turismo e também da Organização Mundial do Turismo.
Na Faculdade de Medicina da Bahia, no Terreiro de Jesus, onde se realiza o Seminário Turismo Sustentável e Infância, Ana Paula Felizardo informou os passos que já foram dados em Natal para a implantação do código de conduta no turismo contra a exploração sexual de crianças e adolescentes no setor turístico. Mais de 30 empresas já estão participando do processo de forma voluntária.
"O código não é lei", lembrou Felizardo. "Por isso, achamos fundamental que não houvesse qualquer ação partidária, embora seja política, a fim de evitar a famosa fogueira das vaidades", disse ele.
Em Natal, um dos mais importantes pontos turísticos do Brasil, a campanha contra o "turismo sexual" começou pelos aeroportos, passou para os taxistas, os "bugueiros" que transportam turistas nas dunas, e agora está chegando à rodoviária. O setor turístico é responsável por 120 mil empregos, diretos ou indiretos.
No mesmo seminário, foi muito aplaudida a representante do Peru, Verushka Vilacencio, que mostrou o trabalho feito em cima do cliente que explora comercialmente as crianças e as adolescentes. Ela coordenou uma pesquisa que permitiu a aprovação de uma lei, condenando a até seis anos de cadeia, tanto o cliente quanto quem facilite a exploração. No final, apresentou um vídeo de dois minutos, também muito aplaudido.
"O Macho" é o nome do vídeo. Começa mostrando um pai de família que parece exemplar, beijando as duas filhas antes de dormir. Ao fundo, a fala, em espanhol: "Ele parece um pai, mas compra sexo e elas têm a mesma idade de suas filhas. Este homem não merece ter filhas. Não é um macho. Merece cadeia".
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