Resenha: Hae-Ryung, a historiadora

Uma mulher à frente de sua era, seja na Joseon ou na contemporaneidade

Enredo forte, roteiro bem escrito, personagens femininas poderosas, uma protagonista admirável, romance leve sem melodrama e um drama histórico sem o peso de ser datado.

Gabrielle Siebra

Atualizada em 30/04/2025 às 10h35

Eu sei bem que o Dia das Mulheres já passou, mas ainda, sim, acredito que boas histórias com personagens marcantes e inspiradoras precisam ser compartilhadas independente de calendários sazonais. 

Estive pensando em uma série que pudesse reunir tudo aquilo que espero de uma protagonista na posição na qual o enredo a coloca, afinal, se um dorama me promete uma protagonista forte, dona de si, trabalhadora e que luta por si e por quem ama, é exatamente isso que espero da personagem. No entanto, muitas vezes isso não acontece. Já cansei de ver doramas em que o emprego ou a paixão de vida de uma personagem é rapidamente esquecido pelo próprio enredo, apenas para focar no romance (não que eu seja inimiga do amor). 

Hae-Ryung, a historiadora

Hae-Ryung, a historiadora.
Hae-Ryung, a historiadora.

Em um enredo ambientado na era Joseon, conhecida por ter progredido no desenvolvimento da cultura, ciência, literatura e tecnologia, mas que, em contrapartida, impunha papéis rígidos e opressivos para as mulheres — cuja existência era frequentemente explorada por suas famílias de sangue ou pelas famílias de seus maridos —, Goo Hae-Ryung surge como uma licença poética dos autores e roteiristas. Ela nos faz admirar a força e a diferença que uma mulher pode fazer em qualquer área que deseja seguir.

Hae-Ryung, a historiadora.
Hae-Ryung, a historiadora.

Após ouvir falar de um posto governamental para historiadoras, Goo Hae-ryung, uma jovem de espírito livre, embarca em uma nova vida como acadêmica na corte real coreana. Com isso, nós embarcamos em uma jornada que consegue ser leve e intensa, mostrando sua paixão — e a de suas companheiras historiadoras — pelo trabalho que realizam com muito orgulho e dedicação, passando por cima de quem for necessário, seja outro historiador ou até mesmo o rei!

Hae-Ryung, a historiadora.
Hae-Ryung, a historiadora.

Ah, mas e o romance, Gabrielle? Deixo por conta de quem tem absolutamente TODAS as dorameiras na mão: ele mesmo, Cha Eun-woo. Esse papel ele faz muito bem. Ok, falando sério agora, ele interpreta o Príncipe Yi Rim, um cara que não está preocupado com nada além de si mesmo ou de seus hobbies (não posso julgá-lo; se eu fosse princesa, essa também seria a minha realidade). Ele é uma pessoa doce e educada, mas muito despreocupada, deixando qualquer um, como Goo Hae-ryung, irritado com sua falta de compromisso consigo mesmo e com o cargo que ocupa. Mas é exatamente aí que nos apaixonamos pelos personagens: na maneira como cada um admira os detalhes do outro.

Hae-Ryung, a historiadora.
Hae-Ryung, a historiadora.

Vemos Yi Rim fascinado por conhecer uma mulher tão determinada e espirituosa, que não apenas faz seu trabalho, mas o faz bem feito, o que a torna digna tanto para si mesma quanto para a sociedade. E vemos Hae-ryung sensibilizada ao perceber que, mesmo com todo o peso do mundo nas costas, é possível não apenas ser gentil consigo e com o próximo, mas honrar aquilo em que acredita, com todo o coração, assim como Yi Rim faz.

"Hae-Ryung, a Historiadora" está com todos os seus 20 episódios disponíveis na Netflix, e você pode conferir o trailer aqui:

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.

Em conformidade com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais) - Lei nº 13.709/2018, esta é nossa Política de Cookies, com informações detalhadas dos cookies existentes em nosso site, para que você tenha pleno conhecimento de nossa transparência, comprometimento com o correto tratamento e a privacidade dos dados. Conheça nossa Política de Cookies e Política de Privacidade.