SÃO PAULO - Zé Roberto Guimarães ficará à frente da Seleção Brasileira feminina de vôlei pelo menos até Tóquio 2020. Diante da incerteza em relação a continuidade do treinador após a eliminação de sua equipe nas quartas de final dos Jogos Olímpicos deste ano para a China, o prosseguimento do trabalho do multicampeão foi garantido pelo CEO da Confederação Brasileira de Vôlei, Ricardo Trade, em entrevista coletiva realizada nesta sexta-feira no Rio de Janeiro.
Além de manter Zé Roberto no comando da Seleção, Ricardo Trade também anunciou outra mudança, esta relacionada ao corpo diretivo da CBV. Radamés Lattari, diretor de competições de quadra, passará a exercer o cargo de diretor de vôlei de quadra. Já Renan Dal Zotto, antigo diretor de seleções de quadra, se desligou da entidade por motivos pessoais e com isso Radamés também assumirá as responsabilidades de Renan a partir de agora.
Zé Roberto Guimarães terá um grande desafio até 2020, já que pilares importantes da Seleção Brasileira feminina anunciaram a aposentadoria do time, como Sheilla e Fabiana. Guiando um processo de renovação, o treinador, no entanto, confessou que ainda espera uma mudança de decisão destas jogadoras.
“Uma transição é sempre difícil. Ainda não estou muito convencido que algumas jogadoras não possam vir a jogar pela Seleção Brasileira. Elas são jovens ainda e privilegiadas quanto ao físico. A tentativa sempre vai existir, elas tiveram serviços prestados ao vôlei. Sheila e Fabiana estão há 14 anos (na equipe). Elas têm bola para continuar jogando, mas sonham com outras coisas”, comentou.
Tendo a responsabilidade de substituir as grandes campeãs com a Seleção à altura, Zé Roberto crê em uma maneira específica para cumprir a missão: mais e mais jogos. Segundo ele, é fundamental que a equipe treine e jogue o máximo possível junta para ganhar entrosamento, além de uma nova identidade de time ser construída. Ele também comentou sobre questões extraquadra que estão diretamente relacionadas à vida de suas atletas.
“No feminino existem coisas imponderáveis. Já ouvi situações de jogadoras querendo engravidar, construir família. Vai depender muito do que elas se propuserem a fazer. Nosso planejamento, o ideal para o ciclo… Muitas jogadoras novas podem aparecer, e a cada ciclo muda. Essas jovens vão precisar treinar mais e jogar mais. Vamos ter que fazer mais amistosos e torneios oficiais. A ideia é aumentar a carga de treinos e jogos. No ciclo passado, por termos sido sede (das Olimpíadas), não disputamos um campeonato importante, que é a Copa do Mundo”, completou.
Esclarecendo o principal objetivo deste novo ciclo olímpico, que é permanecer entre as melhores seleções do planeta, Zé Roberto Guimarães também terá participação fundamental no que diz respeito às categorias de base, fonte de novas “Sheillas” e “Fabianas”. Ele garantiu que ainda não tem um time pré-definido na cabeça e reiterou a questão do planejamento pessoal de cada atleta, mas revelou que um encontro com as jogadoras presentes nos Jogos Olímpicos irá acontecer para que a nova jornada do vôlei feminino brasileiro seja trilhada com tanto sucesso como as dos últimos anos.
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