Educação

UFMA: acadêmicos de mestrado desenvolvem pesquisa sobre vidros ópticos

Objetivo é desenvolver novos materiais e formar novos pesquisadores.

Imirante Imperatriz,com informações da assessoria

Atualizada em 27/03/2022 às 11h43
 A pesquisa é desenvolvida por estudantes do mestrado. (Foto: Divulgação / Assessoria)
A pesquisa é desenvolvida por estudantes do mestrado. (Foto: Divulgação / Assessoria)

IMPERATRIZ – O curso de Ciências dos Materiais é o primeiro mestrado de Imperatriz. Criado na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Campus Bom Jesus, há dois anos e, na terceira turma, o curso começa a desenvolver suas primeiras pesquisas. Entre os temas das dissertações de mestrado, está a pesquisa sobre desenvolvimento de vidros com propriedades especiais.

O projeto desenvolvido pelo Laboratório de Espectroscopia Ótica e Fototérmica (LEOF) é formado por três professores do curso, sob a coordenação do professor Alysson Steimacher, que busca desenvolver estudos sobre materiais para diversas aplicações.

“São vidros com propriedades ópticas especiais para diversas aplicações. As propriedades luminescentes, por exemplo, podem ser usadas na substituição de dispositivos ópticos, como lâmpadas, e também, na fabricação de novos tipos de laser, dispositivos LED, fibra óptica para telecomunicações, entre outros”, explana.

O projeto desenvolvido pelo LEOF é o primeiro no Maranhão, na área de materiais com propriedades luminescentes, de acordo com Steimacher. Além de estimular a pesquisa, o projeto visa incentivar os alunos a desenvolverem novos tipos de materiais. “Os alunos estão fazendo materiais aqui que ainda não foram feitos em outros lugares do mundo. São materiais fabricados e testados aqui (na universidade) para verificar seu potencial para diversas aplicações”, explica.

 Objetivo é desenvolver novos materiais e formar novos pesquisadores na área. (Foto: Divulgação / Assessoria)
Objetivo é desenvolver novos materiais e formar novos pesquisadores na área. (Foto: Divulgação / Assessoria)

Além disso, o projeto objetiva criar patentes de materiais novos. De acordo com docente, essas patentes podem ser aplicadas e absorvidas por empresas. “Quando um novo material é fabricado este precisa ser estudado e caracterizado para verificar suas possíveis aplicações e, enfim, ser colocado no mercado”, ressalta o professor Alysson.

Fazem parte do projeto com vidros luminescentes, oito alunos do mestrado. Três deles vão defender suas dissertações no mês de julho. Entre esses alunos está a engenheira de alimentos formada pela UFMA de Imperatriz, Julieth Daiane Marques Dias, que desenvolve sua dissertação sobre vidros Calcio BoroAluminato (CaBAl).

Para a acadêmica, a escolha do tema se deu a partir do grupo de pesquisa. “Eu escolhi trabalhar com vidro CaBal, que é um vidro feito a partir de óxido de Boro, e esse vidro é dopado com terra rara. A escolha desse vidro foi feita a partir de testes, uns formaram vidros e outros não. Então, a gente escolheu esse tipo por ter as melhores propriedades, que podem ser usados na fabricação de laser”, diz.

“É um vidro ativo para a luminescência do lazer para gerar luz”, conta a estudante ressaltando sobre as bases do trabalho, que segundo ela é uma matriz opticamente ativa para ser utilizada na fabricação de laser de estado sólido.

Testes

Para desenvolver os materiais, há todo um aparato de máquinas no Campus da Universidade, Alysson explica que as propriedades são feitas e testadas. “Os vidros são fabricados em nosso laboratório e os testes ópticos e espectroscópicos são realizados aqui, com o objetivo de determinar e otimizar suas propriedades a fim de comparar com os vidros já existentes no mercado”, complementa.

Os primeiros testes dos materiais trabalhados na pesquisa são vidros Cálcio BoroAluminato e vidros a base de Telúrio, que são vidros especiais para aplicações em fibra óptica. “Esses vidros, chamados de vidros base, são dopados com elementos da família dos lantanídeos, chamados de terra-rara. Temos vidros dopados com disprósio, samário e neodímio”, explica o professor. “São esses elementos luminescentes que temos trabalhado, cada um deles absolve um comprimento de onda numa cor e emitem a luz em outra cor”, completa.

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