IMPERATRIZ – Na tarde dessa terça-feira (18), uma curiosa intervenção dos estudantes de Comunicação Social com habilidade em jornalismo, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), campus Centro, de Imperatriz, mostrou que peças de roupa não definem sexualidade e alertou que o preconceito é um dos principais fatores que soma para as centenas de mortes que acontecem diariamente no país. A comunidade também participou do ato.
No movimento intitulado “Pró-saia”, os meninos vestiram saia e as meninas usaram calção para alertar contra a homofobia. Eles, também, distribuíram cartazes com frases de efeitos pelo prédio da instituição de ensino, motivando ao não preconceito e a liberdade de expressão corporal. Os estudantes, ainda, fizeram discussões sobre temas como aborto, homofobia e machismo.
A feminista e estudantes de comunicação social Juliana Eugênio, acredita que o papel da universidade é levantar a discussão, para mostrar que a falta do diálogo aberto sobre temas persistentes na sociedade, não ajuda a acabar com a discriminação.
“A luta contra o preconceito tem que ser diária. Não é porque a sociedade tenta mascarar o preconceito, que ele não exista. A universidade tem a função, também, de por em pauta esses problemas e levar à sociedade”, ressalta a universitária.
Para o representante do Centro Acadêmico de Jornalismo Alexandre Maciel, Raynan Ferreira, a iniciativa é uma tentativa de mudar o conceito de que peça de roupa não tem o poder de definir identidade de gênero ou condição sexual.
“Após essa experiência – usar saia sem a preocupação de enquadrá-la como peça de roupa “feminina” ou “masculina” –, prevaleceu a esperança de um dia a imagem de um homem de saia não seja tão chocante assim para a sociedade e, muito menos, para a comunidade acadêmica, que, em tese, deve ser livre de conceitos previamente formatados”, destaca Raynan Ferreira.
Movimento Pró-saia
O movimento Pró-saia é realizado em todo o país. A manifestação tem como objetivo retirar a imagem de que uma peça de roupa é capaz de modificar a identidade de gênero e concluir a condição sexual da pessoa que veste, diminuindo a prática homofóbica no Brasil.
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