IMPERATRIZ – Após dez anos desativado, o Mercado do Peixe de Imperatriz, localizado na avenida Beira Rio, está sendo reconstruído. De acordo com a placa do fincada no canteiro de obras, o valor total está orçado em R$ 1.148.518,18, com um prazo de conclusão para início de janeiro de 2015.
O montante informado na placa é fruto de recursos federais, através do Ministério da Integração Social. Porém, de acordo com o secretário de Agricultura, José Fernandes Dantas, o valor total não é o informado pela placa, mas, sim, R$ 2.200 milhões, com a contrapartida de quase R$ 200 mil da prefeitura municipal, assim como a delimitação do Ministério que destinou a verba.
“A obra está orçada em R$ 2,200 milhões. O recurso é do Governo Federal, através do Ministério da Pesca, com a contrapartida do município, de quase 200 mil” disse o secretário, informando que o prazo de conclusão sofreu alteração devida dificuldades na tramitação, liberação de recursos e resistência comerciantes.
Atualmente, a Colônia de Pescadores Z-29, contabiliza cerca de 700 pescadores da região, que abrange de São Pedro da Água Branca a Montes Altos, e distribuem seus pescados em Imperatriz.
Como explica o presidente da colônia Z-29, Salomão Santana, após a desativação do Mercado do Peixe, os pescadores foram realocados para as margens da avenida Beira Rio. Ele lamenta a desistência de alguns pela falta de um lugar estruturado para a venda do peixe.
“Depois que foi desativado ficamos no meio da rua. Alguns tinham locais para vender, outros abandonaram a venda e ficamos com um escritório em meio aos escombros, servindo para que os pescadores tivessem uma referencia para procurar alguma informação”, detalha Salomão Santana.
A liderança destacou que a reconstrução será a redenção do pescador e o alívio da população, que terá uma referencia adequada de local onde é vendido o peixe na cidade.
Para a dona de casa Diana do Nascimento Pereira, o novo Mercado do Peixe servirá de referência positiva para a venda do pescado, pois, onde estão sendo feitas a distribuição é visivelmente impróprio.
“A população vai agradecer, porque, infelizmente, o lugar não é adequado. As pessoas deixam de comprar porque visualizam o lugar, que não é apropriado para a venda” reflete a consumidora.
Influência negativa
Salomão Santana relata, com preocupação, sobre a interferência humana no Rio Tocantins. De acordo com o presidente, após a construção de hidrelétricas ao longo do rio, a quantidade de peixe nas tarrafas diminuiu, refletindo, assim, na economia mensal dos trabalhadores.
“Antes da represa dava para viver da pesca. Hoje, é possível sobreviver e com dificuldades. Quando se pesca 5-10 kg ao dia, em época de safra (Abril, Maio e Junho), é para glorificar de pé”, conta o presidente.
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