Furto de carga

MP denuncia 21 pessoas por furto de cargas em Balsas

Cargas de soja, com destino ao Porto do Itaqui, foram desviadas para o Estado de Pernambuco.

Imirante Imperatriz com informações da assessoria

Atualizada em 27/03/2022 às 12h01

IMPERATRIZ - Vinte e uma pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público do Maranhão por envolvimento com desvios de cargas de grãos, no município de Balsas, a 450 km de Imperatriz. A Ação Penal Incondicionada foi proposta, em 30 de outubro, pela promotora de justiça Dailma Maria de Melo Brito, da Comarca de Balsas.

Foram denunciados Alcione Juvêncio do Nascimento (empresário); João Marcos Justiniano Dias (agenciador de cargas), também conhecido como "Joãozinho"; Rosineide Chaves Martins, conhecida como "Rosa"; José Wilson Cardoso Diniz (advogado); e os motoristas Emerson de Sousa, mais conhecido como "Quati", Mário Amilton Gomes da Silva e Eleonir Lange. Todos atualmente se encontram presos.

O MP denunciou também os empresários José Alberto Laroche e Severino José das Neves, além do corretor de grãos Robson José de Melo Lins.

A Ação Penal incluiu, ainda, os motoristas Eliel Proença dos Passos, José Carlos Cunha, Claudir Cláudio Kluge, Esdras Cursino de Moura, Jolcimar José Kugelmeier, Djalma da Silva, Flademir Machado da Silva, Silvio Pereira de Souza Júnior, Eljan de Brito Correia; Antônio Francisco da Silva e José Pereira da Silva.

ESQUEMA

Cargas de soja das empresas Cargill Agrícola S/A, Bunge Alimentos S/A, Ribeirão S/A (Risa) e Transportadora Delta, que deveriam ter sido transportadas para o Porto do Itaqui, em São Luís, foram desviadas pelos motoristas até as cidades de Igarassu, Bezerros e Belo Jardim, em Pernambuco.

Os caminhoneiros recebiam notas fiscais falsas dos mediadores, para substituir as verdadeiras, indicando que as mercadorias seriam entregues em cidades pernambucanas, em vez de terem como destino o Porto do Itaqui, em São Luís. Assim era possível driblar a fiscalização nas estradas. Por outro lado, para comprovar às empresas que os carregamentos tinham sido entregues na capital maranhense, os motoristas recebiam tickets de entrega falsos, como se tivessem cumprido o acordo.

Enquanto João Marcos Justiniano Dias, o "Joãozinho" agenciava os motoristas para desviar os carregamentos, Robson José de Melo Lins, corretor de grãos, intermediava para Alcione a venda da soja para os empresários pernambucanos José Alberto Laroche e Severino José das Neves.

Para sustentar o esquema, Alcione Juvêncio contava com a colaboração de sua companheira Rosineide, que administrava o caixa da empresa, realizando pagamentos e tendo o controle das contas do grupo.

O pagamento pelas mercadorias era feito diretamente na conta de Alcione, conforme os depoimentos do empresário receptador José Alberto Laroche e do motorista Emerson de Souza. Foram descobertos ainda pagamentos realizados em favor da empresa A.J. do Nascimento, pertencente ao denunciado Alcione Juvêncio.

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