Copa Sul-Americana

Goiás perde de virada para o Peñarol

Em momento complicado no Campeonato Brasileiro, time esmeraldino perde por 3 a 2, mas se classifica para as quartas de final da Copa Sul-Americana

GloboEsporte.com

Atualizada em 27/03/2022 às 12h47

MONTEVIDÉU - O Goiás deixou a crise de lado, nesta quarta-feira, e deu um importante passo na direção de uma vaga na Taça Libertadores de 2011. Mesmo derrotado por 3 a 2 pelo Peñarol, no Centenário, em Montevidéu, o time esmeraldino - que amarga a penúltima colocação do Campeonato Brasileiro – conquistou a inédita classificação para as quartas de final da Copa Sul-Americana, já que venceu a partida de ida, no Serra Dourada, por 1 a 0. Após abrir o placar, com Rafael Moura, na etapa inicial, os brasileiros viram os donos da casa virar o jogo antes do intervalo. Mas um gol heroico de Carlos Alberto, no segundo tempo, deixou o time do técnico Jorginho mais perto da vaga, que nem a bomba de Martinuccio, nos minutos finais, foi capaz de tirar.

O próximo adversário do Goiás será o vencedor do duelo entre Avaí e Emelec, do Equador, que se enfrentam nesta quinta, na Ressacada.

He-Man faz gol de placa; uruguaios viram

Apesar do previsível início, com os donos da casa correndo atrás do prejuízo por conta da derrota em Goiânia, a primeira etapa foi repleta de surpresas para as duas equipes. Com o Peñarol se atirando ao ataque, o Goiás teve boas oportunidades em contra-ataques. Logo aos dois minutos, Rafael Moura se impôs em disputa pela bola no meio de campo, passou para Douglas, livre pela direita, mas a conclusão foi nas mãos do goleio Sebastián Sosa. Aos 12, em jogada semelhante, Bernardo avançou pelo meio, mas, com Rafael Moura aberto na esquerda e Felipe na direita, demorou a se decidir e acabou desarmado na entrada da área.

Aos uruguaios, faltava qualidade nas investidas ao gol de Harlei. Tanto que, aos 13, Ramis recebeu pela direita e tentou o chute da entrada da área, mas a bola saiu pela lateral esquerda.

A primeira surpresa da partida veio aos 16, no lançamento na medida de Marcão para Rafael Moura, dentro da área uruguaia. O He-Man dominou no peito, fintou de uma só vez dois marcadores e o goleiro e, de canhota, estufou as redes. Um gol de placa para deixar os esmeraldinos confortáveis e confiantes na classificação.

Sem outra opção, o Peñarol foi atrás dos três gols necessários para seguir vivo na competição. E antes do apito final, completou boa parte da tarefa. Aos 37, Ramis recebeu na direita e Valmir Lucas cortou de cabeça. Da entrada da área, Dario Rodriguez fez o domínio e chutou. A bola desviou no meio do caminho, e mesmo assim Harlei defendeu, no susto. Caído no chão, o guarda metas esmeraldino pouco pôde fazer, quando Corujo apareceu por entre os defensores e aproveitou o rebote para empatar.

A pressão dos mandantes só fez aumentar. Aos 40, Solari invadiu a área pela esquerda e chutou cruzado, para nova defesa de Harlei. Aos 42, Dario Rodriguez bateu forte, e Valmir Lucas salvou com o pé direito. Mas, aos 43, não teve jeito. Após cobrança de lateral para a área, Ernando rebateu muito mal, para a entrada da área, e deu a Marcelo Sosa a oportunidade perfeita para mandar uma bomba rasteira, no canto esquerdo de Harlei, e virar o jogo.

Expulsão e gol heroico no contra-ataque

O técnico Jorginho fez uma alteração no intervalo: Everton Santos na vaga de Bernardo. Mas o jogador só ficouem campo por 11 minutos. Com apenas três minutos de bola rolando, o meia recebeu o cartão amarelo por falta na intermediária e, aos 11, foi imprudente em disputa de bola com Guillermo Rodriguez e atingiu o rosto do zagueiro uruguaio com um chute: segundo amarelo e expulsão.

Por conta do cartão vermelho, provavelmente pensando em reforçar a marcação, o técnico Jorginho chamou aquele que seria o herói da partida e trocou Felipe – que fazia atuação apagada - por Carlos Alberto.

Com um a mais, precisando de mais um gol para se classificar, o técnico Manuel Keosseian pôs mais três atacantes em campo. Mejía, Diego Alonso e Palácios. Mas a falta de qualidade voltou a segurar o ímpeto dos uruguaios.

Aos 31, Harlei cobrou tiro de meta com um chutão para frente, Rafael Moura desviou de cabeça e a bola foi parar nos pés de Carlos Alberto. O volante deixou Guillermo Rodriguez para trás, invadiu a área e bateu cruzado para deixar tudo igual no placar: 2 a 2.

O Peñarol não se entregou. Precisando de mais dois gols para avançar, o time chegou a metade do caminho aos 39. Após levantamento na área goiana, Martinuccio aproveitou a sobra e chutou forte no canto esquerdo de Harlei. O terceiro gol uruguaio incendiou o fim da partida e obrigou os esmeraldinos a redobrarem as atenções. Aos 45, Alonso subiu mais que a defesa, após cruzamento da direita, e cabeceou, tirando tinta do travessão de Harlei. Mas não passou de um susto, e o apito final do árbitro Carlos Amarilla fez nascer novo ânimo no time do Centro-Oeste para o restante da temporada.

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