Libertadores

San Lorenzo do 'grupo da morte' não é o mesmo que venceu América em 2014

O time azul e grená mudou de cara desde que conquistou a América há seis meses.

Gazeta Esportiva

Atualizada em 27/03/2022 às 11h45
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SÃO PAULO - Quando o sorteio realizado pela Conmebol colocou o atual campeão San Lorenzo no caminho de Corinthians e São Paulo, alvinegros e tricolores coçaram a cabeça. Estar no chamado ‘grupo da morte’ da Copa Libertadores não é boa notícia para nenhum dos brasileiros, mas o monstro argentino pode não ser tão temível quanto no ano passado. Ainda que tenha mantido boa parte do elenco, o time do bairro de Boedo sofreu perdas doídas nos últimos meses.

Carinhosamente chamado deCuervo por sua torcida, o time azul e grená mudou de cara desde que conquistou a América há seis meses. Agora tenta se acertar para a edição deste ano, que começa nesta terça-feira. A equipe base do ano passado perdeu boa parte de seu poderio com as vendas de Ángel Correa e Ignacio Piatti. Eles fazem tanta falta que o técnico Edgardo Bauza reclama de perder “20 gols por torneio” sem a dupla.

Trocando posições no ataque, os dois combinaram para seis dos oito gols marcados pelo San Lorenzo até as semifinais da última Libertadores. Então Correa foi vendido ao Atlético de Madri e Piatti caiu de produção, sem ter participado de nenhum dos oito gols seguintes que levaram ao título.

Mauro Matos assumiu a responsabilidade à época, deixando sua marca na primeira final contra o Nacional, do Paraguai, e ajudando a levantar a taça. Quem conquistou titularidade no segundo semestre foi Cauteruccio, mas o centroavante não teve sucesso ao jogar o Mundial de Clubes.

O setor defensivo, que tomou apenas nove gols em 14 jogos, foi o que mais mudou no San Lorenzo. O zagueiro Gentiletti foi vendido, enquanto o empréstimo de seu parceiro Valdés terminou. Kannemann assumiu uma das vagas e logo foi mais um a deixar o clube. As soluções encontradas por Bauza são o recém-chegado Matias Caruzzo e o veterano Yepes, de 39 anos. Cetto, de 32, também briga por lugar.

Apesar das saídas sentidas, o elenco é praticamente o mesmo, por isso as mudanças não tiram por completo a competitividade do Cuervo. “Sem dúvidas é uma equipe diferente daquela que venceu a Libertadores em 2014, mas seguramente dará trabalho de novo”, aposta Diego Paulich, jornalista do diário Oléresponsável por cobrir o time de Boedo.

Em dezembro o San Lorenzo admitiu inferioridade frente ao Real Madrid, mas foi organizado. A marcação falhou em uma bola em todo o primeiro tempo, provando que Bauza sabe montar times especialistas em destruir. A estratégia, porém, voltou a não dar certo na Recopa Sul-Americana.

“A equipe se doou ao máximo. O importante é como os jogadores se portam, mas precisamos melhorar no âmbito futebolístico”, cobra o treinador após duas derrotas por 1 a 0 para o River Plate neste mês.

O ímpeto que venceu a Libertadores foi mantido e, mais do que a técnica, deve ser a principal arma do atual campeão para sobreviver ao ‘grupo da morte’. A estreia do atual campeão da América é contra o Danubio, do Uruguai, às 20h45 (de Brasília) desta quinta-feira.

Confira as mudanças no time base do San Lorenzo:

Copa Libertadores 2014: Torrico, Más, Gentiletti, Cetto e Buffarini; Ortigoza, Mercier, Piatti e Romagnoli (Villalba); Ángel Correa e Mauro Matos

Atualmente: Torrico, Más, Caruzzo, Cetto e Buffarini; Mercier, Kalisnki, Sebastián Blanco, Barrientos e Massis (Romagnoli); Cauteruccio (Mauro Matos)

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