Ginástica

Zanetti tirou movimento próprio para melhorar saída na final do Mundial

Gazeta Esportiva

Atualizada em 27/03/2022 às 12h02

O ginasta brasileiro Arthur Zanetti criou um novo movimento nas argolas da ginástica artística para elevar sua nota de partida em relação aos rivais no Campeonato Mundial da Antuérpia. Mas na final, optou por deixar o elemento de fora para poupar energia e ter condições de fazer uma melhor saída. A tática deu certo e o paulista conquistou a medalha de ouro no aparelho, em que também foi campeão nos Jogos Olímpicos de Londres-2012.

O movimento criado pelo brasileiro foi batizado de Zanetti e entrou no código de pontuação da Federação Internacional de Ginástica (FIG) com o valor F, o mais alto das argolas. O paulista utilizou o elemento em sua série na fase classificatória, mas o cansaço que ele gera o motivou a trocar.

No Zanetti, o ginasta fica paralelo ao solo com os braços acima do corpo e usa força para subir até ficar com os braços abaixo do corpo. O elemento era o primeiro da série utilizada na fase classificatória.

“A gente optou por não usar na final porque o objetivo era fazer a série mais limpa possível e cravar a saída, que é chegar e não se mexer. E com a série nova eu chego muito mais desgastado no final, então algumas vezes não consigo ter uma visão tão boa do solo e a chance de cravar é menor”, explicou o brasileiro.

A mudança na programação do ginasta ocorreu depois da fase classificatória, em que Arthur Zanetti ficou com a segunda colocação. Com nota de partida de 16.900, ele obteve 15.733 pontos, atrás do chinês Yang Liu, que fez 15.866 pontos e ficou com a primeira posição.

Na final, Zanetti teve nota de partida de 16.800 e com execução quase sem erros garantiu a medalha de ouro com pontuação de 15.800. A medalha de prata ficou com o russo Aleksandr Balandin, com nota de 15.733, deixando o bronze com o norte-americano Brandon Wynn, com 15.666. O chinês Yang Liu, melhor da fase classificatória, acabou em quarto com 15.633.

“A gente vai continuar treinando ele e outros elementos com certeza. A sensação é boa porque é um elemento que eu criei, não só eu, mas toda a equipe, e consegui gravar meu nome no código de pontuação da ginástica e também com um valor muito alto que é o F”, afirmou o brasileiro.

Assim como na Copa do Mundo de Anadia, primeira competição em que apresentou o Zanetti, o ginasta brasileiro teve sua série observada e filmada por seus concorrentes. Parte da atenção veio com o status de campeão olímpico. Parte, pelo novo movimento, que deve entrar na série de alguns concorrentes.

“Deve haver alguns observando para fazer. Ninguém veio conversar comigo ou falar, mas nem precisa. Só de estarem observando e filmando é sinal de que tem alguma coisa”, disse.

Apesar do ouro do Mundial, a temporada de Arhtur Zanetti não terminou. Este ano, ele ainda participa de duas competições na Suíça, uma no Japão e dos Jogos Abertos do Interior.

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