SÃO PAULO - Após o Comitê Olímpico Internacional (COI) reforçar a suspensão do atletismo russo dos ‘ do Rio de Janeiro, uma decisão anunciada nesta terça-feira (21) irá reforçar a vigilância sobre todos os atletas do país. Em coletiva, o presidente da entidade, Thomas Bach, anunciou também que uma possível brecha será aberta, onde alguns dos russos poderão participar da competição.
Segundo Bach, os atletas que comprovarem estar limpos de doping poderão defender a bandeira russa. Entretanto, mesmo com a comprovação, os mesmos precisarão ser aprovados pela Federação Internacional de Atletismo (Iaaf). A punição se estende ao Quênia, país que também passou por recentes acusações de doping.
“Todos os atletas da Rússia e do Quênia deverão estar elegíveis e limpos pela respectiva federação, assim como a federação internacional. Os competidores passarão por testes supervisionados e que respeitem a conduta da Wada (Agência Mundial Antidoping) ”, explicou Bach. De acordo com a decisão sem precedentes, não apenas os participantes do atletismo, mas de todos os esportes, deverão estar dentro das regras antidoping.
Anteriormente, o COI havia sugerido que competidores do atletismo russo que estivessem dentro das regras antidoping participassem sob uma “bandeira neutra”, para que não ficassem de fora do torneio. Entretanto, a colocação não foi bem vista pela Rússia.
Para garantirem a participação, os atletas russos que estão livres de doping recorrerão à Corte Arbitral do Esporte (CAS, em inglês), para disputarem no Rio de Janeiro. A bicampeã olímpica Yelena Isinbayeva, do salto com vara, já anunciou que será uma das atletas a buscar o direito na justiça.
“Consideramos injusta a punição, uma vez que a vasta maioria de nossos atletas nunca esteve dopada e nunca violou nenhum dos critérios. Eles serão punidos pelos pecados cometidos por outros”, disse o Comitê Olímpico Russo, em comunicado oficial.
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