BRASÍLIA - O Ministro dos Esportes, Leonardo Picciani, informou na segunda-feira que o presidente interino do Brasil, Michel Temer, conversou com o presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, para manifestar seu compromisso com os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro após o conflito político dos últimos meses no Brasil.

Por telefone, Bach e Temer alinharam algumas ideias passados quatro dias do afastamento de Dilma Rousseff. A presidente afastada liderava as preparações para as Olimpíadas no Brasil e teve de abrir mão do governo após aprovação no Senado por conta das acusações envolvendo as chamadas "pedaladas fiscais".

“Foi uma conversa muito positiva, na qual o presidente Temer reafirmou todos os compromissos assumidos pelo governo brasileiro envolvendo os Jogos, incluindo segurança e preparação”, disse Picciani em entrevista coletiva concedida em Brasília.

Outra questão que poderia tumultuar os bastidores olímpicos seria o boicote nas Olimpíadas de países que já manifestaram publicamente que não reconhecem o atual governo brasileiro. El Salvador, Venezuela, Bolívia, Cuba, Equador e Nicarágua são as nações que sinalizaram oposição ao afastamento de Dilma Rousseff.

“Esta questão está sendo tratada pelo Itamaraty, o ministério das Relações Exteriores. Temos plena convicção de que todos os procedimentos ocorreram dentro do que determina a Constituição, da legalidade, de forma legítima, mostrando que o Brasil tem instituições sólidas”, afirmou Picciani.

O atraso nas obras olímpicas foi minimizado pelo ministro dos Esportes, afirmando que faltam apenas ajustes e que tudo está dentro do cronograma. “O presidente do COI pôde escutar do presidente Temer que todos os apoios e compromissos do Estado serão cumpridos. O presidente do COI lhe manifestou seu agradecimento e o felicitou por destacar a importância dos Jogos em seu primeiro discurso”.

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