Polêmica

Zico defende presença de Tite na Seleção e critica ciclo olímpico

Zico condenou o processo olímpico que vem sendo implantado desde 2013.

Gazeta Esportiva

Atualizada em 27/03/2022 às 11h33
(Marcelo Camargo / Agência Brasil)

SÃO PAULO - Dono de visões críticas e opiniões contundentes acerca do futebol, Zico não fez rodeios ao ser perguntado sobre suas expectativas com relação à Seleção Brasileira neste ano.

Nesta quarta-feira, após a cerimônia que oficializou o acordo do Esporte Interativo com alguns clubes do futebol brasileiro, o ex-jogador, ícone do Flamengo, admitiu, em entrevista à Folha de S.Paulo, que os rumos do futebol nacional não o tem agradado.

Favorável ao mérito, Zico viu com bons olhos a presença de Tite no comando da Seleção. Recentemente, após as últimas derrotas do Brasil nas Eliminatórias, a CBF fez uma consulta a Tite para assumir o cargo de Dunga, mas o treinador preferiu seguir com o projeto à frente do Corinthians.

“Para mim é o que deveria ser, [Tite como técnico da seleção]. É uma opinião pessoal. Existem certos cargos que precisam ser por mérito. Não tenho nada contra o Dunga, mas sou favorável ao mérito, ao resultado. Temos um treinador que tem resultados em competições nacionais e internacionais. Se a Seleção serve para dar espaço aos melhores, você tem que chamar os melhores”, argumentou.

Argumentando que a base da Seleção principal precisa ser revista, já que o que não falta ao Brasil é material humano, mas sim estratégias para administra-lo, Zico condenou o processo olímpico que vem sendo implantado desde 2013 com vistas ao Rio 2016.

“Eu não sei qual é a Seleção olímpica. Acho que a gente não tem planejamento da Seleção olímpica, não tem base. Faltando alguns meses para as Olimpíadas você junta alguns jogadores e seja o que Deus quiser. Não sei o que esperar pela frente. Quando ela se encontrar, espero que traga alegria”, disse o ex-jogador, reconhecendo que não assistiu a um jogo sequer do grupo olímpico.

Depois de não conseguir oficializar a candidatura à presidência da Fifa, em outubro de 2015, por falta de apoio das federações filiadas à entidade, Zico admitiu que sua ideia para a principal entidade do futebol mundial é contar com a presença de “gente do futebol” para gerir a estrutura administrativa.

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