Rio 2016

Ingressos dos Jogos Olímpicos: cambistas agiam individualmente

Foram apreendidos 712 ingressos, cujo destino será definido pela Justiça.

Flávia Villela / Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h34
(Foto: Agência Brasil)

RIO DE JANEIRO - Os dez cambistas que vendiam ingressos para os Jogos Olímpicos nas redes sociais podem ser condenados a até dois anos de prisão. Embora a infração seja considerada de menor potencial ofensivo, os acusados responderão criminalmente por vender ingressos acima do valor da tabela. Nove suspeitos são moradores de São Paulo e um do Rio de Janeiro.

O trabalho de identificação dos cambistas foi feito em parceria com o Comitê Rio 2016. Foram apreendidos 712 ingressos, cujo destino será definido pela Justiça. Os ingressos ainda não foram impressos, pois a emissão para todos os compradores está prevista para junho. O delegado responsável pela investigação, Gilberto Ribeiro, disse que não há indícios de que os cambistas trabalhavam juntos nem de facilitação da compra dos ingressos por algum integrante do Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016

“Conseguimos ligar essas pessoas com a compra formal no site de ingressos do comitê. Eles se cadastraram e obtiveram os ingressos observando as regras normais, da forma oficial. Compraram em grande quantidade e esses ingressos estavam sendo vendidos por preços bem acima da tabela. São cambistas individuais e não há indícios de que sejam profissionais do cambismo”, comentou. O delegado vai expedir cartas precatórias para São Paulo para que os acusados sejam ouvidos nas cidades onde moram.

Há aproximadamente dez meses, a Polícia Civil e o Comitê Rio 2016 trabalham juntos para coibir a prática do cambismo, que é proibido no país. Os perfis dos vendedores foram identificados pelo setor de monitoramento do comitê há cerca de duas semanas no Facebook. Outras informações sobre vendas ilegais estão sendo verificadas.

“Essa parceria é muito boa, pois encurtamos as distâncias e agimos mais rápido em menos tempo. Este é um recado de que está havendo uma atenção especial para este tipo de conduta e acho que tem até uma finalidade educativa”, disse o delegado Ribeiro.

Denúncias de vendas ilegais de ingressos podem ser feitas à Decon, ao Disque-Denúncia 22531177 e ao próprio Comitê Rio 2016.

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