Homenagem adiada

Mesmo com permanência, Cássio não vai ter espaço em museu corintiano

“Calçada da Fama é só para jogador aposentado", sentenciou o diretor cultural Donato Votta.

Gazeta Esportiva

Atualizada em 27/03/2022 às 11h36
(Agência Corinthians)

SÃO PAULO - Cássio já pode perder as esperanças de deixar a marca de suas mãos no Memorial do Corinthians no Parque São Jorge, conforme lhe foi prometido em novembro de 2014. Na época, o goleiro seria homenageado ao lado do centroavante Paolo Guerrero por causa da conquista do Mundial de Clubes de 2012, porém a indefinição em relação à permanência do peruano (que foi parar no Flamengo) se tornou um empecilho para a iniciativa.

“Calçada da Fama é só para jogador aposentado. Não existe Calçada da Fama para quem está em atividade, até para evitarmos um constrangimento futuro”, sentenciou o diretor cultural Donato Votta, em conversa com a Gazeta Esportiva.

Foi esse o argumento que muitos torcedores utilizaram para contestar a homenagem que o Corinthians havia preparado para Cássio e Guerrero, há mais de um ano. “Estava marcada, né? Infelizmente, não saiu. Não sei o que aconteceu. Ninguém comentou mais nada, e eu também não toquei no assunto. Quem sabe não possam fazer futuramente?”, vislumbrou Cássio, antes mesmo da sua fracassada negociação com o Besiktas, da Turquia.

Oficialmente, o Corinthians justificou a decisão de adiar para “outra data ainda não definida” a inclusão dos campeões mundiais de 2012 na Calçada da Fama do Memorial do Parque São Jorge por questões logísticas – centenas de torcedores estavam no auditório do clube na ocasião, fazendo algazarra. As placas e os moldes para celebrar Cássio e Guerrero já haviam até sido preparados.

“Se fizeram os moldes, fizeram errado. E, graças a Deus, não concretizaram o erro. Imagine: como faríamos com o Guerrero? Tiraríamos o jogador do Memorial depois de colocá-lo? Seria deselegante”, comentou Donato Votta, lembrando que o peruano causou revolta entre os torcedores com a decisão de jogar pelo Flamengo. Antes, ele jurava que só defenderia o Corinthians no Brasil.

Cássio também sempre almejou longevidade no Corinthians. Até ser seduzido pelo Besiktas, clube de pequena expressão continental na Europa, e acenar com um acerto. “Já é o meu quarto ano de Corinthians. E, quando as coisas estão caminhando em um lugar em que você se sente bem, a tendência é sempre querer ficar. Pretendo permanecer o maior tempo possível ao lado dos meus companheiros”, dizia o goleiro em 2015.

Mesmo que “o maior tempo possível” seja extenso e com outras glórias, Cássio só conseguiria virar peça de museu quando se aposentasse. “Memorial é um espaço para eternizar ídolos do passado. Os do presente estão eternizados com os seus títulos”, repetiu o diretor cultural corintiano, que cogita levar a Calçada da Fama para o estádio de Itaquera.

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