SÃO PAULO - A corredora etíope Yimer Wude Ayalew gosta de viajar ao Brasil para competir. Primeiro porque costuma ganhar. Depois, porque se sente acolhida pelos torcedores, mesmo sem falar a língua local ou inglês. Nesta quinta-feira, ela conquistou pela terceira vez na carreira a Corrida Internacional de São Silvestre e comemorou a recepção no País.

“Agradeço a hospitalidade do Brasil, de todo mundo da corrida”, disse Yimer Wude Ayalew, que contou com ajuda na tradução de suas palavras de seu compatriota Feyisa Lilesa, terceiro colocado da prova masculina.

Campeã também em 2008 e 2014, Yimer Wude Ayalew completou a 91ª edição da Corrida Internacional de São Silvestre com o tempo de 54min01s, nesta quinta-feira. A segunda posição foi da queniana Delvine Reilin Meringor, com 54min03s, seguida pela tanzaniana Failuna Matanga, com 54min11s.

O Brasil teve duas representantes no pódio. Sueli Pereira foi a quarta colocada graças à marca de 54min15s, logo à frente da compatriota Joziane Cardoso, dona da quinta posição com 54min22s.

“Toda vez que vou para uma corrida tento fazer o meu melhor e ganhar sempre”, afirmou a etíope, já uma das maiores vencedoras femininas da história da prova. O recorde é da portuguesa Rosa Mota, que cruzou a linha de chegada em São Paulo seis vezes na primeira colocação.

A prova desta quinta-feira foi a 91ª edição consecutiva da Corrida Internacional de São Silvestre. Idealizada pelo jornalista Cásper Líbero em 1924, foi realizada até mesmo durante a Revolução Constitucionalista de 1932 e a Segunda Guerra Mundial. Em 2015, o evento reuniu 30 mil atletas nas ruas de São Paulo.

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