RIO DE JANEIRO - Nesta sexta-feira (22), o futebol brasileiro escreveu mais uma página marcante em sua história. Na sede da CBF, durante a realização do Conselho Técnico da Série A, foi aprovado o uso do sistema de árbitro de vídeo (VAR, na sigla original em inglês) no Campeonato Brasileiro, introduzindo a novidade à elite do esporte nacional.
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A história da implementação do VAR no futebol é diretamente conectada à atuação da CBF. Afinal, o texto do protocolo do uso do árbitro de vídeo foi escrito e enviado pela Comissão de Arbitragem da CBF, colocando a entidade como pioneira na defesa de melhores condições aos árbitros.
Brasileiro e CBF são peças-chave para uso do VAR pelo mundo
É fato que a tecnologia se faz cada dia mais presente no mundo do futebol. Todavia, antes que o uso do VAR chegasse de fato aos gramados, coube à CBF assumir o protagonismo em defesa do uso do recurso. Tido como o principal incentivador da tecnologia no futebol, o brasileiro Manoel Serapião foi o autor do projeto base aceito pela International Football Association Board (IFAB) referente ao VAR. A CBF, por sua vez, assumiu a vanguarda e foi a primeira entidade a provocar a implementação da tecnologia.
Em setembro de 2015, a CBF enviou a base das diretrizes do protocolo posteriormente aceito pela IFAB. Alguns meses depois, em março de 2016, as decisões do Campeonato Carioca entre Botafogo e Vasco já tiveram um treinamento offline da tecnologia.
"Foi o Brasil o país que iniciou todo esse movimento para a utilização do árbitro de vídeo, de ajuda tecnológica para a arbitragem. Nós participamos desde a origem. A CBF conquistou essa marca que não nos tiram e que temos que comemorar. Eu me sinto muito feliz por participar de tudo isso. Não apenas pessoalmente, mas principalmente por estar contribuindo para o desenvolvimento do futebol", disse Manoel Serapião, à reportagem da CBF.
Uso nos estaduais
A nível regional, o VAR foi utilizado pela primeira vez na final do Campeonato Pernambucano de 2017 entre Salgueiro e Sport. Um dos principais personagens dessa história foi o árbitro Péricles Bassols, que analisou as imagens na cabine ao lado de Manoel Serapião FIlho e Alício Pena Júnior. Na partida de ida, a tecnologia auxiliou na marcação correta de um pênalti para o Salgueiro. Já na volta, o VAR foi decisivo para a anulação de um gol salgueirense.
Além disso, a tecnologia já esteve presente em um Gre-Nal no Campeonato Gaúcho e a decisão do Campeonato Catarinense.
Estreia em partidas da CBF
A primeira utilização do VAR em uma competição da CBF aconteceu nas quartas de final da Copa do Brasil de 2018, no duelo entre Santos e Cruzeiro. O lance analisado em questão foi um possível pênalti de Lucas Romero no atacante Gabriel.
O árbitro Wilton Pereira Sampaio esteve em contato com a cabine, retomando o andamento da partida após 27 segundos de paralisação. Como nenhuma irregularidade no lance foi detectada, o juiz sequer teve que se deslocar ao posto do vídeo.
A filosofia do VAR
Vale lembrar que o uso do árbitro de vídeo tem como lema “interferência mínima, benefício máximo”. A utilização da tecnologia visa diminuir erros claros nas seguintes situações:
- Gol / Não gol
- Penalidade/Sem penalidade
- Cartão vermelho direto
- Identificação equivocada
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