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Pedro Sobrinho
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Música Independente

Luciana Simões é escolhida para Diretoria da Abrafin

Cantora e produtora cultural Luciana assume a Diretoria Regional Nordeste, da Associação Brasileira de Festivais Independentes. Ivan Ferraro assume presidência da ABRAFIN e promete reposicionar festivais independentes como força da cultura brasileira

Pedro Sobrinho / Jornalista

Atualizada em 15/08/2025 às 23h04

LUCIANA SIMÕES, cantora, produtora cultural, idealizadora e realizadora do FESTIVAL BR-135, compõe a chapa da A Associação Brasileira de Festivais Independentes (ABRAFIN). LUCIANA foi escolhida para a Diretoria Regional Nordeste, juntamente com VINCE ATHAYDE (BA) - Zona Mundi.

Luciana Simões compõe a nova direção da ABRAFIN. Foto: Divulgação

Em conversa com jornalista PEDRO SOBRINHO, LUCIANA diz que se sente honrada por compor a direção da ABRAFIN. Para o biênio 2025-2027, segundo a artista maranhense, a chapa visa fortalecer e ampliar o trabalho em defesa dos festivais independentes em todo o Brasil, conectando artistas, territórios e públicos diversos.

"Recebi o cargo com muita honra. Foi uma decisão do Conselho Consultivo da Abrafin, como também todos os realizadores de festivais que fazem parte da ABRAFIN. A ABRAFIN tem cerca de 200 festivais independentes. As nossas funções é articular como gestores setorialmente os nossos estados melhores estratégias para os festivais independentes se organizarem e aconteceem. Nós temos um 'boom' de festivais do mainstream, são festivais grandes como Lollapalooza, Primavera Sound. Os desafios são grandes para quem realiza festivais independentes. A nossa luta é construir colaborativamente com a Funarte para que existam editais direcionados para os festivais, como também este novo recurso que será lançado em 18 de agosto, a Lei Roaunet Nordeste, a ABRAFIN fez parte muito desta luta para que acontecesse o edital. A gente batalha, dialoga e constrói colaborativamente com a FUNARTE, o Ministério da Cultura e os próprios festivais para ver suas dores e como fazer que os festivais continuem resistindo e existindo nessa luta", assegura.

Em sua nova fase, a ABRAFIN se propõe a ampliar esse protagonismo, agora sob a liderança de Ferraro, que traz em seu currículo mais de quatro décadas de experiência como músico, produtor e gestor cultural. Fundador da Feira da Música de Fortaleza e da PRODISC. Foto: Divulgação

Diretoria da ABRAFIN

A Associação Brasileira de Festivais Independentes (ABRAFIN) tem um novo presidente. O produtor cultural cearense Ivan Ferraro foi eleito para liderar a entidade e inicia sua gestão com a missão de resgatar a importância estratégica dos festivais independentes na política cultural brasileira, setor que, embora pulsante, ainda enfrenta invisibilidade e escassez de políticas públicas estruturantes.

Criada em 2005, a ABRAFIN foi responsável por articular a cena da música ao vivo no país em um dos momentos mais promissores para o setor cultural: o ciclo das primeiras Conferências Nacionais de Cultura. A partir de então, o Brasil viveu uma explosão de festivais de música em todas as regiões, que passaram a se conectar com políticas públicas, cadeias produtivas e redes de colaboração. Mas os retrocessos nas políticas culturais e a pandemia da Covid-19 impuseram um duro revés, e um novo desafio.

Em sua nova fase, a ABRAFIN se propõe a ampliar esse protagonismo, agora sob a liderança de Ferraro, que traz em seu currículo mais de quatro décadas de experiência como músico, produtor e gestor cultural. Fundador da Feira da Música de Fortaleza e da PRODISC, Ferraro também atuou em conselhos e comissões nacionais do setor, além de ter contribuído com programas de circulação, formação e economia criativa no Ceará e em outras regiões do país.

“Queremos que a ABRAFIN volte a ser referência no debate sobre os rumos da cultura no Brasil. Os festivais não são apenas shows: são espaços de formação, trabalho, memória e inovação. Eles conectam o Brasil real, diverso e criativo, e precisam ser tratados como política de Estado”, afirma Ivan Ferraro.

Durante a pandemia, a ABRAFIN voltou ao centro do debate público com o Manifesto dos Festivais Unidos em Tempos de Crise, que reuniu mais de 100 festivais e contribuiu diretamente para a articulação da Lei Aldir Blanc, marco histórico no socorro emergencial ao setor cultural. Agora, a nova gestão pretende fortalecer ainda mais a articulação com produtores, artistas, instituições e gestores públicos em todo o país.

Força coletiva e presença nacional

A nova gestão foi eleita com uma chapa que reflete a diversidade regional e a pluralidade de formatos dos festivais independentes no Brasil.

Diretoria Executiva

Presidente: Ivan Ferraro (CE) – Feira da Música
Vice-presidente: Melina Hickson (PE) – Festival Porto Musical
Diretora-financeira: Karla Martins (AC) – Festival Varadouro
Secretário-geral: Paulo Zé Barcellos (RS) – Festival Morrostock

Diretorias Regionais

Norte: Renée Chalu (PA) – Se Rasgum | Heluana Quintas (AP) – Quebramar
Nordeste: Luciana Simões (MA) – BR 135 | Vince Athayde (BA) – Zona Mundi
Centro-Oeste: Natália Botelho (DF) – Elemento em Movimento | Fabio Pedroza (DF) – Convida | Vitor Cadilac (GO) – Vaca Amarela
Sul: Kamila Souza (SC) – Saravá | Téo Ruiz (RS) – FIMS
Sudeste: Simone Marçal (ES) – Formemus | Pedro Seiler (RJ) – Queremos

Conselho Fiscal

Ana Morena (RN), Fabrício Nobre (GO/SP), Sara Loiola (DF/BA), Talles Lopes (MG)

Comissões Permanentes

Diversidades e Sustentabilidade: Nowhah Luiza (GO/DF) & Jaime Diko Lopes (SP)
Ação Internacional: Melina Hickson (PE) & Hernan Halak (SP)
Novos Festivais: Fabiana Couto (SP) & Gilmar Dantas (BA)
Política e Advocacy: Dríade Aguiar (SP)

Conselho Consultivo

Aderbal Ashogum, Célia Xakriabá, Claudio Prado, Dani Ribas, Edson Natale, Fernanda Couto, Fred Maia, Ivana Bentes, Ivana Tolloti, Lu Araújo, Luciana Adão, Micaela Neiva, Pablo Capilé, Patrick Tor, Pena Schimdt, Rodrigo Barata e Rodrigo Savazoni.

“Essa gestão é resultado de uma construção coletiva que atravessa todo o país. É uma frente ampla em defesa dos festivais independentes como política cultural estratégica para o Brasil”, reforça Ferraro.


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