CAXIAS - O Centro de Testagem Anônima (CTA) registrou este ano 25 novos casos de soropositivos em Caxias. Desse total, cinco são de gestantes que já estão em tratamento no Serviço de Atendimento Especializado-SAE, para evitar que o vírus contamine os bebês.
Apesar dos novos registros, a coordenadora do CTA, Maria José Ferreira, afirma que a população caxiense está mais consciente de que prevenir ainda é o melhor mecanismo para se combater a Aids. Ela faz essa afirmativa pautada no crescimento do número de pessoas que realizaram o teste Elisa, que detecta o vírus, em 2006. Foram 4.757 exames realizados até o dia de dezembro. Mais de mil testes a mais que o total registrado ano passado.
“A população está mais aberta para a realização do exame. Eles têm nos procurado mais. É claro que dos exames realizados, 60% deles ainda são de gestantes, mas é um número que tem ficado cada vez mais equilibrado. O quanto antes detectamos o vírus, mais rápido iniciamos o tratamento e isso é vantajoso para o soropositivo”, comemora a coordenadora.
A descentralização dos trabalhos do CTA também foi um passo positivo para a ampliação do atendimento, como destaca Maria José Ferreira. Ela informa que este ano o trabalho do CTA foi levado para três povoados diferentes: Engenho d’Água, Buriti Corrente e Caiçara e também para duas cidades vizinhas, Coelho Neto e Aldeias Altas, além de ações realizadas na sede da Central de Custódia e Presos de Justiça de Caxias e nos prostíbulos da cidade.
“Quando fazemos uma comparação entre o número de atendimentos realizados na zona urbana e na zona rural, percebemos que o público da zona rural tem aderido em massa às atividades realizadas pelo CTA nesses locais. Não apenas realizando os exames, mas também participando de todas as atividades promovidas nestes locais”, destaca.
Apoio
Para cuidar dos soropositivos, foi implantado há um ano o Serviço de Atendimento Especializado, que também funciona na sede do CTA, localizado na rua 1° de Agosto. No SAE são atendidos diariamente 55 soropositivos, que recebem, além de medicação gratuita, para diminuir a carga viral, orientações e acompanhamento psicológico e social.
Maria José Ferreira já anuncia novas melhorias em 2007 para estes portadores. A partir do ano que vem, eles passarão a contar com uma enfermaria, composta por cinco leitos, na sede do Hospital Geral, apenas para atendê-los com internações e acompanhamento médico.
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