Inédito

Paciente está há 17 meses sem vírus HIV após tratamento brasileiro

O homem conviveu com o HIV por pelo menos sete anos e está reagindo bem ao estudo liderado pelo infectologista Ricardo Sobhie Diaz da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Imirante.com, com informações da CNN Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h07
Infectologista Ricardo Sobhie Diaz da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Infectologista Ricardo Sobhie Diaz da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). (Foto: Reprodução / CNN Brasil)

SÃO PAULO - Um paciente, não identificado, que conviveu com o HIV por pelo menos sete anos, está há 17 meses sem sinais do vírus causador da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (aids) depois que participou de ensaios de um tratamento desenvolvido pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Segundo uma reportagem exclusiva da CNN Brasil, há um ano e meio, o paciente parou de tomar as medicamentos contra a doença. Desde então, segue sem o microrganismo no corpo. Ele participou de um estudo liderado pelo infectologista Ricardo Sobhie Diaz. Isso mostra que os cientistas brasileiros estão no caminho certo da cura para a síndrome.

Em entrevista à emissora, o infectologista contou que o vírus não foi detectado no corpo do paciente nem mesmo após passar por exames de alta precisão de diagnóstico.

Ainda de acordo com Ricardo Diaz, o número de anticorpos que combatem o HIV, que são usados como parâmetro para descobrir se uma pessoa contraiu o vírus ou não, também tem caído progressivamente, "o que é uma evidência de que o vírus pode não estar mais ali". O médico alerta que é cedo para falar em cura e que há a possibilidade do vírus voltar a se manifestar. O paciente segue em acompanhamento.

O estudo

Ricardo Diaz ainda conta que o estudo, que o intuito de diminuir a replicação do HIV, selecionou pessoas que viviam com o vírus indetectável e que estavam tomando coquetéis. “A gente intensificou o tratamento. Usamos três substâncias no estudo, além de criar uma vacina”, disse o médico, onde explicou que foram usadas combinações variadas de remédios, além de uma vacina produzida com o DNA do paciente.

Ainda segundo o infectologista, a primeira fase contou apenas com homens, mas a segunda etapa do estudo deve contar com 60 pessoas e vai incluir mulheres como voluntárias. A pesquisa está paralisada por causa da pandemia do novo coronavírus no país.

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