Na medicina

Demanda por uso da realidade virtual deverá crescer após a pandemia, prevê especialista

Essa cena tende a repetir várias vezes nos próximos anos com o crescimento da aplicação da realidade virtual na medicina após a pandemia.

Divulgação / assessoria

Atualizada em 27/03/2022 às 11h07
Os recursos tecnológicos da realidade virtual permitem criar a telepresença.
Os recursos tecnológicos da realidade virtual permitem criar a telepresença. (Foto: divulgação)

BRASIL - De um lado, o paciente entra em um ambiente especial e coloca sensores vestíveis no corpo. A quilômetros dali, o médico usa óculos ou headset de realidade virtual e ausculta o seu coração e os seus pulmões, mede sua pressão arterial, examina os ouvidos e as amídalas.

Essa cena tende a repetir várias vezes nos próximos anos com o crescimento da aplicação da realidade virtual na medicina após a pandemia, como prevê o professor Anderson Maciel, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e membro do Instituto de Engenheiros Eletrônicos e Eletricistas (IEEE), a maior organização mundial técnico-profissional dedicada ao avanço da tecnologia para o benefício da humanidade.

"Com o isolamento social, o serviço de teleconsultas disparou, diminuindo as restrições de médicos e pacientes a essa modalidade", pondera. Agora, a realidade virtual deve a incrementar a telemedicina.

Os recursos tecnológicos da realidade virtual permitem criar a telepresença. É a combinação de software, computadores e equipamentos periféricos para criar estímulos sensoriais que possibilitam às pessoas viver experiências em um ambiente onde de fato não estão. Nesses tempos de confinamento, essa ferramenta poderia, por exemplo, ajudar as pessoas a interagir em salas virtuais com paredes, janelas, portas, objetos e paisagens criadas por elas mesmas.

A aplicação da realidade virtual na análise de tomografias pode contribuir para diagnósticos mais precisos. Hoje, as imagens obtidas pela tomografia são mostradas em fatias (tomos) na tela do computador em 2D. Em certos casos, como quando há múltiplas fraturas de crânio, as lesões são muito difíceis de identificar. "Com a realidade virtual, o médico poderá visualizar o crânio em 3D, observando os danos sob vários ângulos, usando o recurso da transparência para exibir apenas o que mais importa", explica Anderson Maciel. Sempre que houver múltiplas lesões, ou quando a tomografia abranger várias partes do corpo, a realidade virtual possibilitará ao médico selecionar um órgão específico e fazer cortes virtuais para aprofundar a investigação.

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